Categorias
Uncategorized

BIRA DANTAS NA XVI FEIRA DO LIVRO DO COLÉGIO DANTE ALIGHIERI

Colégio Dante Alighieri, São Paulo. O bate-papo com o quadrinhista Bira Dantas será com os alunos dos 7ºs anos do Ensino Fundamental, que leram sua adaptação do livro “Dom Quixote” (Escala Educacional).

Dia – 17 de setembro (3ª feira) Horário – 10h00 às 12h30 (3 encontros) Local – Mini auditório

Categorias
Uncategorized

ARQUIVOS INCRÍVEIS DO JOÃO ANTONIO: QUADRIX #01

Quadrix-Seleções número 01, novembro de 1987,abordando Metal Hurlant/Heavy Metal.

“Nos anos 1980 as revistas importadas eram caras e difíceis de achar, especialmente para quem morasse no interior, não esqueçam que internet era coisa de ficção científica. A maneira que tínhamos para saber do que acontecia pelo mundo era pelos fanzines. Um dos melhores era o Quadrix, que era na verdade quase profissional, tinha um belo acabamento, e se fosse impresso em off-set poderia ser vendido em bancas tranquilamente. Por trás dele havia a figura de Worney Souza e Franco de Rosa, ambos conhecedores do assunto. Franco era e ainda é desenhista, jornalista e editor. Esta edição especial de Quadrix, denominada de Seleções, nos apresentou a grande revolução feita por Moebius e seus amigos na revista Metal Hurlant, na França. Projeto que também imigrou para os EUA com o nome de Heavy Metal. Mostro algumas páginas deste fanzine/álbum, que tem em seu miolo um texto de apresentação de quatro páginas, não assinado, mas que provavelmente é de Franco, que foi também crítico de quadrinhos na Folha da Tarde.”

Quer receber “Os Arquivos Incríveis” por e-mail? Peça:

jabuhrer.almeida@gmail.com

Categorias
Uncategorized

ENCONTRO DE CARTUNISTAS GAÚCHOS -CARTUCHO- EM SUA DÉCIMA EDIÇÃO

Para maiores informações, vídeos e fotos, acesse o site: http://cartuchosantamaria.wordpress.com

BIRA DANTAS FALA DO CARTUCHO:

“Tenho 50 anos, sou cartunista, quadrinhista e ilustrador desde 1979, há uns 34 anos, creio eu. Gaitista há 14. E foi com minha gaita de boca que fiz um bocado de barulho nas terras gaúchas de Santa Maria, em setembro de 2011. Senti-me muito honrado pelo convite dos organizadores do Cartucho (Encontro dos Cartunistas Gaúchos), e do Máucio em especial. Eu, um paulistano que de gaúcho só tenho o “baita ego”. Conheci Porto Alegre em 2009, no evento Caminho do Livro. Lá debati os Quadrinhos Literários com o amigo Rodrigo Rosa e lancei meus D.Quixote e O Ateneu (este com roteiro do saudoso Ronaldo Antonelli). Para nosso prazer, o Rio Grande do Sul lançou nomes como Santiago, Edgar Vasques, LFV -entre muitos outros- neste Movimento da História em Quadrinhos Brasileira.

Mas conhecer Santa Maria foi como entrar no coração desta república sulista, farroupilha, aguerrida e sofrida, com tragédias como a recente na Boate Kiss… Conhecer Santa Maria foi entrar no coração desses cartunistas fantásticos que de tão míticos, fazem história Brasil a fora. Conhecer o homenageado Byrata foi algo além da imaginação. Virei até o embaixador do Xiru na Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas SP, AQC, ACB, Worney, Gualberto e coreanos. Tarefa fácil, haja visto que fui com a cara deste herói dos campos gaúchos, na primeira olhada de esgueio.

Aventura, regionalismos, ficção, ação, dinossauros, peonices, comilança e muito chimarrão, que ninguém é de ferro. Byrata, um mestre do desenho, do roteiro, do humor e falas gauchescas, que tanto agarrei a curtir. O Cartucho foi responsável pelo meu reencontro com amigos de traço: Bier, Eugenio Neves, Wagner Passos, Santiago, Hals, Alisson. E me fez conhecer Máucio, Greice, Henrique, Joel Giruá, Ricardo Freitas, André Macedo, Gilmar Fraga, Geraldo Passofundo, Pomba Claudia, Rafael Correa, Paulo Chagas e tanta gente boa…

Este evento de Santa Maria junta-se a outro grande (o “Cheia de Graça”, Salão de Humor) para transbordar pelo Brasil o que os gaúchos têm de melhor: Orgulho de sua terra, de sua cultura. Combatividade na hora de lutar por cada espaço. Arte, que têm de sobra. E principalmente, muito humor.

E eu sigo falando dessa turma, que a moda dos Gauleses, briga de puxar facão, mas está sempre de bem com a vida. Penso até que o Máucio lembra bem o Asterix. Obelix seria o Bier, pelo tamanho e preferência pelos javalis. Inteiros”.

Parabéns ao Cartucho, por todos estes anos de luta pela Cultura regional e nacional!

Categorias
Uncategorized

OS ARQUIVOS INCRÍVEIS DO JOÃO ANTONIO: AS ILUSTRAÇÕES DE GRASSMAN E LONGANESI

Marcelo Grassmann e o ilustrador italiano Leo Longanesi

“Dois ilustradores de livros para alegrar as retinas cansadas dos recebedores dos ais: 1) Marcelo Grassmann ilustrando Angústia de Graciliano Ramos, daquelas edições caprichadas da Editora Martins; 2) Leo Longanesi, ilustrando Viaggio in Paradiso, de Mark Twain. O curioso é que a edição é de Longanesi & C, de Milão. Será que o ilustrador também era o editor?”

Contatos: jabuhrer@gmail.com

Categorias
Uncategorized

BIRA DANTAS, CONVIDADO DO FESTIVAL DE QUADRINHOS DA ARGÉLIA

Esta é a sexta edição do Festival que coloca o continente africano em contato com o mundo. Vai acontecer de 08 a 12 de outubro de 2013, na Esplanada “Riahd El Feteh”. http://www.bdalger.net

RECADO DO BIRA:

“Se tudo der certo, em outubro estarei na Argélia. Recebi o convite do Festival de BD participar no evento que une o norte da África ao resto do mundo dos Quadrinhos. É uma grande honra representar o Brasil. Agradeço ao Eduardo Pinto Barbier que me apresentou a Dalila Nadjam, em Angouleme em 2011 (ela é presidente do Festival). Barbier incluiu uma HQ minha e de Claudia Carezzato no Festival em 2012 e concorremos ao prêmio projeto Especial. Hoje meu visto foi aprovado junto a embaixada da Argélia, agora é só aguardar o dia 08 de outubro. Obrigado!

Si tout va bien, je serai en Algérie en Octobre. J’ai reçu une invitation de la BD Festival de participer à l’événement qui unit l’Afrique du Nord dans le monde des comics. C’est un grand honneur de représenter le Brésil. Je remercie Eduardo Pinto Barbier qui m’a présenté à Delilah Nadjam à Angoulême en 2011 (elle est présidente du Festival). Barbier présenté moi BD (scenario de Claudia) au Festival en 2012 pour prix spécial. Mon visa a été approuvée à l’ambassade d’Algérie aujourd’hui, maintenant juste attendre le 08 Octobre. Merci!”

EDUARDO BARBIER

Quadrinhista brasileiro residente na França, criou a Le Bouche du Monde, revista franco-brasileira de HQ, em 1991 em Belém do Pará. Editada na França desde 1998, foi selecionada em 2009 e 2011 no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême (categoria BD Alternativa) e em 2010 na categoria de melhor revista no Festival Internacional de BD de Argel. Ele fez parte do coletivo de editores independentes 4° mundo, ganhador dos prêmios HQ MIX -contribuição do ano -2008; Troféu Jayme Cortez -2009; Bigorna – Contribuição a HQB – 2009; DB Artes – Homenagem especial – 2009. http://eduardopintobarbier.blogspot.com.br Entrevista com Eduardo Pinto Barbier no Blog Quadro-a-quadro: http://quadro-a-quadro.blog.br/?p=2538

HUMOR LIBERTADOR

Hocine Tamou, da organização do evento, fala com grande expectativa do “grande encontro tão esperado com a nona arte (…) e os fãs de quadrinhos estão se preparando para viajar sem fronteiras.” Fala também “da experiência acumulada e resultados muito animadores do primeiro evento do gênero (…) chegando agora a visibilidade e consistência.” O tema escolhido para o festival: “Caixas e bolhas em delírio.”

COREANOS

O Festival da Argélia vai trazer também a 16ª edição do sul-coreano BICOF (Festival Internacional de Quadrinhos de Bucheon), um dos mais importantes da Ásia. Bucheon se destaca por seu Museu do Cartum, a Agência Komacon, a Cidade Cinematográfica e eventos culturais como os Festivais de Quadrinhos e de Cinema Fantástico.

BELGAS

Etienne Schréder, cartunista belga publicado por Casterman, Glénat e Dargaud, oferece um treinamento de cinco dias para os jovens talentos argelinos. Durante isso, os conceitos básicos dos quadrinhos serão abordados: a escrita e o desenho, corte gráfico e o ritmo da narração, como escolher uma história e o que dizer nela… Os princípios do roteiro, os diálogos, as referências e documentação farão parte do treinamento. E uma breve história da evolução dos quadrinhos na Europa, EUA e Ásia.

Categorias
Uncategorized

CARTUNISTA (E MÁGICO) FABRINI NA REVISTA ILLUSIONISTE

A revista francesa “L’illusionniste” publicou entrevista com o brasileiro Fabrini Crisci em 2009. A ilustração de capa foi um de seus trabalhos gráficos mais conhecidos do público (The Cups and…). Traz ainda uma matéria de seis páginas sobre suas pinturas, na visão de Gaetan Bloon. Conheça mais de Fabrini na internet: http://fabrini.deviantart.com/ http://www.myspace.com/fabriniart http://fabriniart.carbonmade.com/

Categorias
Uncategorized

TURMA DO BARULHO: UM FURACÃO QUE CHACOALHOU AS HQ INFANTIS

TENTOU-SE DE TUDO

Turma da Fofura, Os Trapalhões, Fofão, TV Colosso, Menino Maluquinho, Senninha… durante dez anos, foram inúmeras as tentativas da Editora Abril de substituir os personagens de Maurício de Sousa. Afinal, ao sair da casa em 1987, Maurício não só levou suas criações para a Editora Globo, como também seu enorme faturamento em bancas. E abriu um buraco nas finanças da editora.
Para os quadrinhistas foi excelente, pois abriu espaço para que eles mostrassem suas criações.
Isso encorajou o desenhista Jótah em parceria com a produtora e colorista Sany (experts em desenhos infantis, tendo participado com animações para o programa Rá-Tim-Bum da TV Cultura, revistas da LBV, ilustracões para livros didáticos e jogos infantis) a entregar em 1993, um projeto de uma nova hq para a Abril. E acabou engrossando a fila de candidatos à vaga de Maurício na casa.
UMA EXPLOSÃO NAS BANCAS

E assim, no mês de abril de 1996, chegou às  bancas o primeiro número da TURMA DO BARULHO,  a mais ousada, irreverente, anárquica e divertida hq infantil (ou pré-adolescente) já criada no Brasil. Uma ousadia que, comparando, fez com que as outras hqs infantis parecessem histórias da carochinha. Talvez por isso seu projeto tenha ficado 4 anos nas gavetas do Grupo Abril. Foi a última tentativa da Abril Jovemcom hqs nacionais. Tinha 32 páginas coloridas e saiu com tiragem de 30 mil exemplares.
As histórias giravam em torno do dia-a-dia de uma turma na escola, só que mostradas por outro ângulo, poucas vezes adotado pelas hqs infantis. A gíria, o palavrão, a pixação nos muros, o costume de “matar aula e colar na prova, o builling sofrido e também praticado,  a turma do fundão, o piercing, o “pum” em sala de aula, o “te pego lá fora”, as brigas e rixas entre turmas, a paixão por video games, a loira do banheiro. Enfim, tudo de bom ou ruim que fez e faz parte da infância de qualquer criança estava lá, com muito bom humor.
Jótah teve a coragem de não só mostrar o universo lúdico da criança, mas também o seu lado mais humano, sarcástico, rebelde. Qual criança na vida nunca caçoou de outra ou mesmo falou um palavrão? 
  A TURMA DO BARULHO: da esquerda para a direita: Bob, Tóbi,
Carol, Kid Bestão, Milu e Babi
 
ADOLESCENTES AOS 10 ANOS
 
Os personagens da TURMA DO BARULHO tinham os hormônios à flor da pele e refletiam uma geração que entrava na adolescência mais cedo.
Várias situações foram criadas nas histórias para mostrar o comportamento dessa nova geração. Duas meninas (Milu e Babi) já estão querendo namorar e se apaixonam perdidamente por qualquer representante do sexo masculino. Os meninos espiam as mulheres se trocando ou tomando banho, e até se atrevem a dar uma espiada por debaixo da mesa, na cor da calcinha da professora. Travessuras de criança que já despertam para a sexualidade.

— ISSO NÃO ACONTECE COM A TURMA DAS OUTRAS REVISTAS!!
Raphael Vieira, 9 anos, sobre as histórias se passarem quase todas dentro da escola.

Espiar a menina tomando banho…

ou namoricos que iam além da mãozinha dada…os personagens da Turma do Barulho não eram assexuados. 

A PRODUÇÃO

Para dar conta da produção das hqs, Jótah montou um estudio na Rua Direita, no centro de São Paulo e reuniu um time  de artistas vindos em sua maioria da animação.
Enrique Valdez e Rosana Valin (hoje nos estúdios MSP), Jarbas Valin, Tomaz Edson, Jean Okada, Nelson Lima e Paulo Santos, formavam a equipe que produzia o gibi. Para compor um visual moderno e diferente do habitual, seus artistas empregaram uma diagramação que valorizava as cenas soltas, algumas sem requadro e cores contrastantes.
 Colocar ou não um brinquinho? Era um dilema da nova geração…

Do desenhista JEAN OKADA, autor do album Kário, dívida de sangue,
sobre a Turma do Barulho:


Participar do gibi da Turma do Barulho foi uma experiência incrível. Nessa revista pude realizar meu sonho de participar de uma publicação mensal, ver nas bancas um trabalho em que eu colaborava… Foi também um gibi onde cada um dos colaboradores colocou muito de si no projeto, pois a Turma nos fazia trazer à tona muito de nossas experiências pessoais, com amigos de infância e da escola, pra colocarmos tudo nas histórias que fazíamos. Acho que conseguimos quebrar algumas barreiras e fizemos um gibi infantil bem ousado. Fomos o mais longe que nos permitiram ir. Sou muito grato ao Jótah por essa grande oportunidade!




O LANÇAMENTO
O lançamento do primeiro número foi tumultuado. Uma troca repentina do papel inicialmente pensando para a impressão do gibi, fez com que os tons de pele de todos os personagens ficassem muito escuros, quase negros. Realmente, a cor de pele escolhida seria mais morena, porém, para um papel de melhor qualidade. Isso só pode ser consertado no número 3, quando adotou-se uma tonalidade mais clara.
A capa foi mudada diversas vezes ate chegar a sua versao final. Houve uma certa censura por parte da editora, principalmente no linguajar dos personagens, pois temiam chocar o publico. Mesmo assim era comum encontrar expressões como bunda, mijão, boiola, nomes que até hoje só aparecem nos quadrinhos da MAD. 
 A partir dessa edição, a tonalidade da pele dos personagens ficou mais clara,
para se adequar à impressão no papel jornal. Compare com a capa do número 1,
no início da matéria.

Para promover a revista, o estudio produziu, com recurso próprios, um comercial animado, que foi veiculado no sul do país.
A TV Globo noticiou o lançamento, inclusive com uma entrevista com seu criador, feita pela jornalista Sandra Annemberg.
Foram destaque no Festival Internacional de Quadrinhos do HQ MIX, ocorrido no Sesc Pompeia. Ao lado da Turma da Mônica, Senninha e dos personagens do Cartoon Network,  a Turma do Barulho apareceu no telão em um video clip ao som de uma banda de rock.

— ELES USAM UM VOCABULÁRIO IGUAL AO NOSSO!!
Luíza Ramos, 9 anos

Esportes radicais como o skate, eram os preferidos da turminha.


Do desenhista TOMAZ EDSON , dono do Estúdio Gibiosfera
sobre a Turma do Barulho:


Fui indicado pelo Enrique Valdez e, acabei produzindo letras e balões.
O Jota alugou uma sala comercial enorme em um velho edifício na Rua Direita. Era quase um andar inteiro e tinha pé direito duplo. Muito legal.
Quando li a primeira história e percebi que os roteiros e desenhos tinham outro pique de humor que não estamos acostumados a ver em edições infanto juvenis pensei: “Duvido que a Editora Abril vai publicar essa turma com toda aquela preocupação de politicamente correto e bláblábla´… “
Enfim, o fato é que o Jota conseguiu um contrato, marcou época e ganhou uma legião de fãs.
Uma curiosidade técnica: lembro que boa parte dos profissionais que lá trabalharam vieram da animação e você sabe que animador de formação, via de regra, tem uma dificuldade enorme em produzir quadrinhos e adequar os seus desenhos ao formato impresso. Isso não ocorreu na Turma do Barulho porque o Jota soube muito bem dirigir o pessoal e padronizar os diferentes traços e estilos dos desenhistas sem que para isso os desenhos virassem carimbinhos.
Enfim, foi uma época que me traz boas recordações que fazem parte de minha vida e meu portfólio.

 Nessa história publicada no número 1, Babi coloca um sutiã da irmã e já se acha
uma mocinha…

— AS OUTRAS REVISTAS SÃO MUITO INFANTIS, POIS NÃO TEM PALAVRÕES!!!!
Flávio Pecelli, 10 anos

A Folhinha de São Paulo destinou a capa e mais quatro páginas para falar sobre a nova turminha das bancas. O jornalista Thales de Menezes fez uma bela materia sobre o lançamento e a equipe da Folhinha levou o gibi para apreciação dos alunos do Colégio Augusto Laranja em São Paulo. As crianças opinaram e gostaram principalmente da linguagem do gibi, mais próxima da sua realidade, do dia-a-dia na escola, com suas aprontações, paqueras e aventuras. O pequeno estudio da Rua Direita passou a receber cartas do Brasil inteiro. A Turma do Barulho conquistava uma boa parcela do publico infantil.
Cautelosamente, Jótah deixou para fazer o lançamento oficial da revista só no número 5, periodo em que já se pode saber se o título “pegou”ou não. Em um pequeno espaço da livraria Melhoramentos, mais de trezentas pessoas, entre artistas de hqs, e publico em geral, se acotovelavam para folhear a revista e saber o que a turma estaria aprontando nessa nova edição. Um sucesso! Teve até apresentação do coral da LBV. Isso foi no domingo.
 Capa da FOLHINHA DE SÃO PAULO, com matéria especial sobre a TURMA


E DEPOIS, O SILÊNCIO…
No dia seguinte a revista foi cancelada. A Abril Jovem já estava em crise, o que resultou no seu fechamento no ano seguinte, quando voltou a ser um departamento dentro do grupo. Muitos títulos foram cancelados e a Turma do Barulho foi junto. O motivo alegado foram as baixas vendas.
Jótah colocou um advogado para verificar o que havia de encalhe nos depósitos. Ele foi e retornou dizendo: 
 —Desculpe, não posso pegar o seu caso!
Da empresa Character que cuidaria do possível licenciamento dos personagens veio a seguinte resposta:   
—“Você está mexendo com gente grande. É só o que eu posso dizer…
O que realmente aconteceu com um título que despontava para o sucesso e repentinamente foi cancelado, não se sabe.
Seus personagens ainda tiveram uma sobrevida, através da pequena Editora Press, de Sérgio e José Guimarães. Com a coordenação e edição de Carlos Mann, o título foi relançado durante o ano de 1997, com um total de seis edições.
Jótah continuou a sua carreira e hoje é um dos maiores ilustradores do Brasil, além de ter também vários livros de sua autoria.
 Capa do primeiro número da TURMA DO BARULHO pela Editora PRESS.


— ESSA REVISTA É BEM PARECIDA COM A VIDA REAL!!!
Thiago Nanini, 9 anos

 As histórias também focavam em temas polêmicos, como por exemplo, fumar na adolescência, sempre mostrando o que era legal e o que não era.

E assim A TURMA DO BARULHO veio, chacoalhou o mercado de quadrinhos,  teve boa aceitação de publico, causou indignação, revolta e admiração em muita gente, e como um cometa passou rapidamente  e desapareceu. Dificilmente é mencionada em premiações ou mesmo em publicações que tratam da história da hq brasileira.

Curiosamente na mesma época, a banda Mamonas Assassinas, causava a mesma indignação ao fazer crianças e jovens de todo o Brasil  cantarem frases como “Oh Maria, essa suruba me excita”. Sua curtíssima carreira terminou quando um acidente aéreo matou todos os seus integrantes. E tal e qual o gibi também marcou época. Os dois, o grupo musical e o gibi tinham um único propósito: DIVERTIR!
 

O mundo estava mudando, mas a mídia foi perceber isso algum tempo depois.
Hoje, alguns quadrinhos já dialogam com uma nova criança, antenada, conectada com o mundo…
Um “pequeno adulto”, como bem disse Maurício de Sousa, em entrevista a Fernando Vives da revista Carta Capital.
A Turma do Barulho sacou tudo isso lá em 1996. 
Com  uma visao mais sarcástica e bem humorada, trouxe para as bancas a galera que está aí hoje.
Uma pena, porque… 
…talvez fosse cedo demais.
Ficou curioso e quer ler os quadrinhos da TURMA DO BARULHO?
Procure nesses endereços…pode ser que você encontre uma ou mais edições.

http://www.maniadegibi.com/loja/
http://www.guiadosquadrinhos.com/ 
http://www.mercadolivre.com.br

PARA CONHECER MAIS SOBRE JÓTAH, O CRIADOR DA TURMA DO BARULHO:
http://www.biografiajotahautorilustrador.blogspot.com.br/

BIBLIOGRAFIA E AGRADECIMENTOS:

• Capa do número 1, restaurada pelo fã Felipe S. Borges.

• Trechos de entrevistas realizadas pelos jornalistas Thales de Menezes e Maristella do Valle para a Folhinha de São Paulo, edição 1706, de 10 de maio de 1996.
• www.tonyfernandespegasus.blogspot.com
• acervo.folha.com.br

Categorias
Uncategorized

VENCEDORES DO 7º CONCURSO CULTURAL DA TURMA DO GABI – 2013 RECEBEM OS PRÊMIOS.

Aconteceu no último dia 12 no Shopping Jaraguá, Indaiatuba (SP) a entrega do “Tablet” a vencedora do 7º Concurso Cultural da Turma do Gabi – Desenho – 2013, Jennifer Wellen Silva Siqueira (14 anos). Na ocasião o superintendente da Fundação Pró-Memória Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus e o Cartunista Moacir Torres, fizeram a entrega do “Tablet” e o certificado de participação a Jennifer. Os vencedores de outros estados estarão recebendo o “Tablet” via correio. Maiores informações e fotos do evento no site: www.turmadogabi.com.br. (MT)

Categorias
Uncategorized

Oficinas Gratuitas de HQs em SP, à partir de agosto

FanZines nas Zonas de Sampa – Oficinas de histórias em quadrinhos com encontros semanais, duração de 3 meses e carga horária total de 48 horas.

As oficinas são gratuitas e trabalham as técnicas de criação e produção de quadrinhos, da elaboração do roteiro ao desenvolvimento do desenho e texto. Ao final, cada turma monta um fanzine com as produções dos participantes.

Criado em 2006, o programa já recebeu mais de mil participantes e foi reconhecido ano passado com o 24º troféu HQ Mix, na categoria Grande Contribuição. Os encontros são coordenados por quadrinistas, ilustradores e pesquisadores atuantes na área. No segundo semestre, o programa oferecerá três módulos: Básico, Avançado e Mangá. A partir de 10 anos.
Inscrições diretamente na Biblioteca.


Módulo Básico


Biblioteca Castro Alves
Com Bicudo Jr.
As 3as feiras, das 14h às 17h, a partir de 6 de agosto

Biblioteca Viriato Correa
Com Ian da Rocha As 4as feiras, das 14h às 17h, a partir de 7 de agosto

Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda
Com Daniel e Will
As 5as feiras, das 14h às 17h, a partir de 1º de agosto

Biblioteca Raimundo de Menezes
Com Edson Pelicer
Aos sábados, das 9h às 12h, a partir de 3 de agosto

Biblioteca Nuto Sant’Anna
Com Fernando Santos
Aos sábados, das 13h às 16h, a partir de 3 de agosto

Módulo Avançado


Biblioteca Érico Veríssimo
Com Nobu, Will e Daniel
Aos sábados, das 10h30 às 13h30, a partir de 3 agosto

Biblioteca Paulo Setúbal

Com Nobu, Will e Daniel
Aos domingos, das 10h às 13h, a partir de  4 agosto

Biblioteca Rubens Borba
Com Rodrigo Silveira, Eloar Guazzelli e Mariana Lacerda
Aos sábados, das 10h às 13h, a partir de 3 de agosto

Módulo Mangá


Biblioteca Pedro Nava
Com Thiago Spyked
As 5as feiras, das 14h às 17h, a partir de 1º de agosto

Biblioteca Cora Coralina
Com Thiago Spyked
Aos sábados das 10h às 13h, a partir de 3 de agosto

Centro Cultural da Juventude – CCJ
Com Simonia
As 5as feiras, das 14h às 17h, a partir de 1 de agosto
   
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes – CFCCT

Com Thiago Spyked
Aos sábados, das 15h às 18h, a partir de 3 de agosto

Mini Curso – 24 horas


Biblioteca José Mauro de Vasconcelos
Com Marcos Venceslau
As 4as feiras, das 14h às 17h, a partir de 7 de agosto

Biblioteca Adelpha Figueiredo

Com Marcos Venceslau
As 2as feiras, das 14h às 17h, a partir de 5 de agosto

Categorias
Uncategorized

GRANDE SUCESSO NO LANÇAMENTO DE “100 VEZES AQC”

O último sábado foi um dia especial na Comix. Além da mega promoção com descontos de 20% em livros e gibis, fizemos o lançamento da nova publicação da AQC, organizada por Worney Almeida de Souza.

Os autores que compareceram ao lançamento: Bira Dantas, Anita Costa Prado, Batata, Marcelo Saravá, Marcos Venceslau, Primaggio, Rice Araujo, Diogo Salles, Eder Santos, Fabiana Menassi, Fernando dos Santos, Floreal Andrade, Gazy Andraus, Gilmar, Jô Fevereiro, Joás Dias de Lima, Johan Lagger, Juliano, Julio Cesar Magalhães, Lexy Soares, Luigi Rocco, Marcatti, Vania Machado, Will e Xalberto.

(Fotos de Fabi Menassi)

A grande festa teve a presença de 32 autores e segundo o Jorge (proprietário da Comix), estiveram lá 650 pessoas. Uma parte convidada dos quadrinhistas ou que soube do lançamento pela internet… Mas mesmo os que foram na loja pela promoção, uma boa parte acabou comprando o livro! O livro está à venda na página da Comix Book Shop. http://www.comix.com.br/

“100 Vezes AQC”, um panorama abrangente da Arte Quadrinizada.

Saiu o livro “100 Vezes AQC”, que reúne 100 histórias em quadrinhos de uma página cada de oito roteiristas e 100 desenhistas. Realizado pela Associação de Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) e pela editora Laços, a publicação apresenta um panorama abrangente da arte quadrinhizada. Com temas, motivações, inspirações, influências e traços diferentes, “100 Vezes AQC” é uma seleção inédita que abarca autores consagrados, profissionais habilidosos e jovens promessas. Agregando doses certas de humor, aventura, ficção, terror, fantasia, drama, poesia, experimentalismo, imaginação e muito talento.

Os 108 artistas são os seguintes: Al Ferreira, Aldo Maes dos Anjos, Aleph, Amaro Braga, Anita Costa Prado, Antônio Cedraz, Antônio Eder, Arthur Filho, Aurélio Gomes, Batata, Bernardo Aurélio, Bira Dantas, Cadu Simões, Carlos Brandino, Cival Einstein, Cleuber Cristiano, Daniel Barraco, Daniel Linhares, Dario, Décio Ramírez, Denis Mello, Dennis Rodrigo Oliveira, Diamantino da Silva, Diogo Dornelles, Diogo Salles, Edenilson Fabricio da Silva, Eder Santos, Edgard Guimarães, Edmundo Rodrigues, Edu Mendes, Elton Carlos Ribeiro de Almeida, Elton Takumi Kawamorita, Ernani Rodrigues Cousandier, Everton Soares Cosme, Fabiana Menassi, Fábio Guimarães, Fábio Q, Fernando dos Santos, Fernando Gonsales, Floreal de Andrade, Francisco APS, Francisco Vilachã, Franco de Rosa, Gazy Andraus, Gilberto Maringoni, Gilmar, Gilton Ferreira, Henrique Magalhães, Ideraldo, James Becerra Becerra, Jean Okada, Jefferson Ferreira dos Santos, Jô Fevereiro, Joás Dias de Lima, Johan Lagger, Josival da Fonseca Silva, Juliano, Juliano Custódio, Juliano Oliveira, Júlio Magalhães, Júlio Shimamoto, Julius Ckvalheiyro, Júnior Alves Dutrelo, Leonardo Santana, Lexy Soares, Luciano Giovani, Luigi Rocco, Mancini Júnior, Marcatti, Marcelo Saravá, Márcio Baraldi, Marcos Venceslau, Mário Cau, Matheus Moura, Mickken Gonçalves, Moacir Torres, Morgani, Nickel, Novaes, Paulo Alves, Perkins Moreira, Primaggio, Rafael Grasel, Renato Hack, Ricardo Manhães, Rice Araújo, Roberto Hollanda, Rodrigo Costa, Rogério Brandão, Rogério Faria, Ronaldo Mendes, Salvador Messina, Savio, Sergio Morettini, Tako X, Tereza Zuba, Thiago Leal, Thina Curtis, Valdeci Carvalho, Vania Machado, Vaqs, Vinicius Rodrigues, Walkir Fernandes, Wanderley Felipe, Wellington Santos, Will, William MR e Xalberto.

“AQC 100 Vezes” é um espaço conquistado para todos. Uma edição que agrega estilos, traços, motivações, roteiros, experiências de vida, expectativas e capacidades diferentes. Um castelo que foi construído, tijolo a tijolo, todos de formatos, cores e densidades dispares. Cada trabalho trás uma novidade, uma surpresa e a constatação de que a arte quadrinhizada cresce na adversidade. Com nosso minguado mercado de trabalho, os artistas se esforçam em encontrar seu espaço com mais dedicação, mais imaginação e uma imensa qualidade.

Serviço: “AQC 100 Vezes” (Editora Laços e AQC-ESP, tamanho: 14 x 21 cm, p&b, 140 pgs., lombada quadrada, R$ 35,00)