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EXPOSIÇÃO “HQ: A HISTÓRIAS DAS NOSSAS HISTÓRIAS”, NA BAHIA!

Batalhadores da Nona Arte baiana, como Marcos Franco, Stephanie Barbosa, Zilda Marcelina e George Silva, tentam aumentar o alcance dos Quadrinhos em Cachoeira. De 11 a 25 de julho, aconteceu a exposição “HQ: A Histórias das Nossas Histórias” no Salão do CAHL (Centro de Artes, Humanidades e Letras) da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), em Cachoeira (BA).

A proposta da mostra foi inserir o Quadrinho em um novo espaço, permitindo que ele, obviamente, chegasse a um novo público. Que traga visibilidade a essa mídia, ajudando a alimentar as discussões a respeito da sua inserção no âmbito dos museus. Sobretudo, fazendo uma justa homenagem à Angelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos no país, e a diversos outros abnegados do “traço”, que com muito suor e nanquim fizeram e fazem a história do quadrinho nacional.

A exposição mostrou reproduções de páginas e publicações de Flávio Colin (in memoriam), José Lanzellotti (in memoriam), Jô Oliveira, Primaggio Mantovi, Gustavo Machado, Allan Goldman, Francisco Sebastião Vilachã,José Márcio Nicolosi, Leonardo Melo, Gil Mendes Lorde Kramus, Giorgio Galli, João Pinheiro, Haroldo Magno, Sivanildo Sill, Anita Costa, Lincolin Nery, André Betonasi, Octávio Aragão, Carlos Rezende, Paula Mastroberti, Mário Cau, Cristina Judar e José Márcio, entre outros.

Parabéns aos organizadores! http://editoraemt.blogspot.com.br/2013/04/hq-historia-das-nossas-historias.html

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UM TALENTO QUE ATRAVESSA GERAÇÕES

a trajetória de Izomar Camargo Guilherme


UM SONHO DE MENINO

Capa de Izomar para a revista MAZZAROPI

Nos anos 1950, enquanto desenhava belissimas capas para a Editora La Selva, Jayme Cortez formava pelo Brasil um pequeno fã-clube. Eram jovens aspirantes a desenhistas, que queriam trabalhar com hqs. Na pequena cidade de Assis, interior de São Paulo, um jovem se preparava para mandar seus desenhos para avaliação. Sonhava em trabalhar com histórias em quadrinhos, era sua paixão. 

Viajou então para a capital, e esperava sair daquele sobrado da V. Mariana, sede da La Selva, com algum trabalho embaixo do braço. Cortez avaliou seus desenhos e soltou a seguinte frase:  — Isso não pode ser o trabalho de um profissional! —e jogou em cima da mesa, aquelas folhas rabiscadas com tanta esperança. 

Para muitos o que poderia ser um trauma, para o jovem Izomar Camargo Guilherme foi estímulo.  A rudez das palavras (caso semelhante teria ocorrido com Julio Shimamoto, outro grande mestre), serviram para que ele aprimorasse seu traço e melhorasse cada vez mais. Essa era a intenção de Cortez
Tanto que algum tempo depois, ele encomendou o primeiro trabalho ao rapazote. 

Assim, o jovem passou a desenhar para a revista FUZARCA E TORRESMO, com roteiros de Claudio de Souza. Fazia também a arte final a pincel. Tudo era feito em cartolina, pois não existia papel especial. 

Dali se seguiram participações em CAREQUINHA E FRED, com histórias de uma página, e as incríveis capas da revista MAZZAROPI, que até então eram feitas apenas pelo Cortez.

                   Capa de Izomar Camargo Guilherme para a revista MAZZAROPI, n. 18.


Na revista FANTASIA, também da La Selva (1960-61), Izomar fazia tudo. Roteiro, desenho e arte final. Para ela, criou os personagens Dingo e Dungo, que fizeram grande sucesso.
Aventurou-se também no gênero “terror”, sempre convidado por Cortez, cujo traço imitava com perfeição.

Até ser convidado pelo seu amigo Waldyr Igayara de Souza, a trabalhar na Abril. A pequena editora paulista já caminhava para ser a líder e ameaçava a supremacia dos grupos cariocas, como Ebal, O Cruzeiro, Bloch e RGE (Roberto Marinho). 
Seu trunfo eram os gibis Disney e a produção de suas hqs no Brasil, iniciada em 1961. 

Izomar começou fazendo capas para a revista ZÉ CARIOCA, e depois muitas hqs, quase sempre em parceria com Igayara nos roteiros.

Página da hq UM FESTIVAL EMBANANADO, uma das muitas feitas pela dupla Igayara e Izomar. Produzida em 1968, satirizava os festivais de música da época. Foi republicada em 2012, no ESPECIAL ZÉ CARIOCA 70 ANOS.

Em 1968 participou junto a Igayara, Sonia Robatto e Ruth Rocha, da criação de um marco na história das  publicações brasileiras: a revista RECREIO. 
Denominada a “revista-brinquedo”, RECREIO vinha direcionada às crianças em idade pré-escolar e trazia contos, atividades e brinquedos para recortar e montar. 

Foi um sucesso estrondoso, chegando a ser adotada em escolas por todo o país, como material paradidático. Lançou muitos autores como Ana Maria Machado, Flavio de Souza,  Eliana Sá, e fez saltar no jovem Izomar a veia de escritor. Entre muitos contos infantis que escreveu e ilustrou, GELOSO, O GELINHO (publicada em RECREIO n. 60, 1970) foi um dos que mais fez sucesso, tanto que motivou a Editora Moderna a transformá-lo em livro alguns anos depois.

A revista RECREIO foi um divisor de águas e deu impulso à produção de literatura infantil, lançando novos autores


Com o sucesso da publicação, Izomar torna-se Diretor de arte da editora, atuando no Departamento de Criação, cuidando das capas e também do conteúdo de boa parte dos títulos em quadrinhos da década de 1970 e 80. Sob sua direção estavam Henrique Farias, Luiz Podavin, Napoleão Figueiredo, Paulo José da Silva, entre outros. 
Deu oportunidade e orientou muitos jovens na arte dos quadrinhos. Como fez em 1972, quando  recebeu em sua sala um menino de apenas 13 anos que sonhava desenhar quadrinhos Disney. O menino apelidado depois de Chin era Euclides Kioto Miyaura, considerado hoje um dos maiores desenhistas Disney brasileiros, publicando inclusive em outros países.

Em paralelo, Izomar continuou sua carreira como autor infantil, lançando as obras A LAGARTIXA QUE VIROU JACARÉ, UM PEIXINHO DO OUTRO MUNDO e BRIGA DE UMA NOTA SÓ, todas ilustradas por ele. Seus livros acabam de chegar  à Europa, Estados Unidos e América Latina.



E assim Izomar foi se distanciando dos quadrinhos e se dedicando mais a escrever e desenhar. Ao sair da Abril na segunda metade da década de 1990, passou a ilustrar livros didáticos. 

Aos 74 anos, Izomar é um artista incansável. Continua atuante, desenhando para várias editoras. Por opção, não aderiu à modernidade.

É um dos últimos representantes de uma geração em que a arte era feita em papel Schoeller, a lápis, coberto com nanquim preto e colorida com tintas guache, ecoline ou aquarela. Arte pura, sem computador.

 Mural com desenhos feitos pelos alunos da Escola Presidente Vargas, em abril de 2013, após a leitura da obra A LAGARTIXA QUE VIROU JACARÉ.

Quer encontrá-lo? Quando não está debruçado na prancheta fazendo o que mais gosta, poderá vê-lo em suas caminhadas diárias pela Avenida Paulista, próximo de sua casa. Ou em uma cafeteria que frequenta na mesma avenida, onde entre suas altas gargalhadas e seu bom humor, cativa a todos contando histórias da vida. Que o diga a atendente Cristina, fã do freguês assíduo.

Capa de Izomar para a edição do Círculo do Livro de EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA,
obra de Monteiro Lobato.

Eu o encontro quando olho para um quadro na parede do meu escritório, que protege a arte original de capa do gibi MAZZAROPI, feita por ele em 1958. Apesar do papel amarelado pelo tempo, a arte continua belíssima e parece que foi feita ontem. 

Essa capa me transporta para o tempo da Editora La Selva, de Jayme Cortez, dos gibis do MAZZAROPI, OSCARITO E GRANDE OTELO e dos grandes profissionais que se formaram ali, do menino Izomar que sonhava em desenhar quadrinhos e o fez com maestria, ensinando e lançando muitos profissionais. 

E quando volto aos dias de hoje, o encontro firme, forte e atuante, ilustrando para livros didáticos e paradidáticos em editoras como Moderna, Saraiva, FTD, entre outras.

 O quadro da esquerda é a capa original da revista MAZZAROPPI, n. 18, criação e arte de Izomar (veja a reprodução da capa impressa lá pra cima). Ao lado, capa também original do mestre Jayme Cortez para FUZARCA E TORRESMO. Ambas dos anos 1950.


Sua arte, enquadrada ali na parede, sobrevive ao tempo e atravessa gerações. 

O artista também.   

Os livros de Izomar podem ser adquiridos aqui:

http://www.modernaliteratura.com.br/main.jsp?lumPageId=4028818B30410B7A01304BB1FE4E5C7C&itemId=9EB72E05F55A4BE39D5C981BE8232001

Agradecimento especial:

Alexandre Miasato Uehara

FONTES CONSULTADAS:

Marcos Dhotta – carissimascatrevagens.blogspot.com

bibliotecadaescolapresidentevargas.blogspot.com.br
Museu Mazzaropi
Especial Zé Carioca 70 Anos – Editora ABRIL, nov. 2012.
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AQC APOIA MOSTRA “HUMOR DE PIRACICABA”, REALIZADA POR CARRIERO, EM CAMPINAS

40 ANOS DE HUMOR

(Fabiano Carriero)

“Já estamos às vésperas de iniciar o lendário Salão de Humor de Piracicaba, o qual irá completar seus 40 anos de existência neste ano. E nós, da cidade das andorinhas, temos o dever de homenagear esse que foi e é uma das maiores referências de humor do mundo e, talvez, do universo. Evento que revelou tantos grandes cartunistas como Glauco, Angeli, Laerte, Dalcio, Baptistão, Fernandes, meu amigo Manohead e muitos outros vencedores. Em Campinas, acho que o Ziraldo disse isso, temos um pequeno celeiro de craques do humor; então, resolvi eu, Carriero, fazer uma mostra com mais de trinta caricaturas, charges e mais de vinte nomes de artistas consagrados que passaram pelo grande Salão. Nessa mostra, que acontecerá dia 5 de julho, na Galeria Sede, Rua Sampaio Peixoto, 368, Cambuí, Campinas-SP, poderá ser vista uma pequena parcela de humor. E vocês estão convidados! Venham, pois a arte, o saber e o aroma da pamonha vem de longe.” http://www.facebook.com/events/263087673833464/

Carriero, filho legitimado e adotado pelo Salão!

*Algumas obras desda exposição são do meu acervo pessoal, que venho obtendo através de “troca-troca”, sem bobagem, segue:

Alex Souza

Bira Dantas

Bruno Hamzagic

Carriero

Dalcio

Dimaz

Fernades

Fernando Tetsuo

Gilmar

Junior Lopes

Junião

Marcos Noel

Manohead

Mello

Mônico

Stegun

Paffaro

Paulo Branco

Robinson

Ulisses APOIOSalão de Humor de Piracicaba CDHU

AQC-ESP (Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistasdo Estado de São Paulo)

Galeria Sede

Pandora (Escola de Arte)

Loja Disorder

Riva Rock Discos

Dj Barata

Trashcan Records

Carriero Estúdio Mostra em Campinas reúne acervo do Salão Internacional de Humor de Piracicaba(Rodrigo Alves)

Parte do acervo de quatro décadas do Salão Internacional de Humor de Piracicaba pode ser conferida a partir desta sexta-feira (5), em mostra na Galeria Sede, em Campinas. Intitulada 40 Anos de Humor – Pré Pira: Campinas Abraça o SHP, a exposição reúne caricaturas, charges e tiras de artistas consagrados que passaram pelo tradicional evento, incluindo nomes campineiros. As visitas seguem até 31 de julho, com entrada gratuita.

Ao conceber a mostra, o artista Fabiano Carriero, que assina a curadoria, reuniu trabalhos de seu acervo, produzidos por colegas cartunistas que participaram do Salão, e incorporou outros trabalhos pinçados na sede do CEDHU Piracicaba (Centro Nacional de Humor Gráfico), órgão da Secretaria Municipal da Ação Cultural responsável pelo Salão de Humor.

“Resolvi fazer esta mostra, com apenas trabalhos já selecionados nos 40 anos de Salão. Algumas obras foram trocadas com outros artistas, assim produzindo meu acervo. Outras são de amigos que fiz e mais este acréscimo, que o Salão forneceu”, destaca Carriero.

Entre os cartunistas campineiros estão dois craques do traço: Dálcio Machado, cartunista, chargista e caricaturista do jornal Correio Popular e da revista Veja, e Paulo Branco, professor na Escola Pandora e IDE Escola de Arte. De Campinas ainda participam Bira Dantas, Renato Stegun, Fernando Tetsuo e Dimas Restivo. A região está representada por Gustavo Paffaro e Mônico Reis, de Vinhedo, e por Alex Souza e Robinson José, de Sumaré.

Há ainda produções com a assinatura de Bruno Hamzagic de Carvalho, grande vencedor do Salão em 2012, e de Fabrício Rodrigues Garcia, o Manohead, que conquistou na edição passada o Prêmio Júri Popular Alceu Marozi Righetto. Os demais artistas presentes são Junior Lopes, Marcos Noel, Antônio Carlos de Paula Júnior (Junião), Marcos Noel, Silvano Mello, Ulisses, Gilmar e Luiz Carlos Fernandes.

Carriero, que desde 2009 teve trabalhos de sua autoria selecionados para a exposição em Piracicaba, diz que é um dever homenagear o Salão, pois o considera uma das maiores referências de humor do mundo. “Em Campinas, acho que o Ziraldo disse isso, temos um pequeno celeiro de craques do humor; então, resolvi fazer uma mostra com mais de 30 caricaturas, charges e mais de 20 com nomes de artistas consagrados que passaram pelo grande Salão”, diz o artista.

A mostra tem o apoio do CEDHU Piracicaba, AQC-ESP (Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo), Galeria Sede, Pandora Escola de Arte, Loja Disorder, Riva Rock Discos, DJ Barata, Trashcan Records e Carriero Estúdio.

QUATRO DÉCADAS – Em 2013, ano em que completa 40 anos, o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, um dos mais tradicionais do mundo, abre sua mostra oficial no dia 24 de agosto, no Engenho Central, com visitas até 20 de outubro. As inscrições para envio de trabalhos está aberta até 19 de julho, com seleção nos dias 3 e 4 de agosto e anúncio dos premiados para 17 de agosto. O jornalista e publicitário Carlos Colonnese, um dos fundadores do evento, é o presidente desta edição. Além da mostra principal, o CEDHU Piracicaba realiza o Salãozinho de Humor, para revelar talentos entre 7 e 14 anos, com inscrições até 12 de agosto. Há também o 3o Concurso de Microcontos de Humor, cujo resultado será anunciado esta semana. Ao todo são R$ 46 mil em prêmios aos artistas selecionados.

SERVIÇO – Exposição 40 Anos de Humor – Pré Pira: Campinas Abraça o SHP. Abertura às 19h de sexta-feira (5), na Galeria Sede (rua Sampaio Peixoto, 368, Cambuí, Campinas). Visitas de 6 a 31 de julho, das 10h às 16h. Entrada gratuita. Mais informações: (19) 3291-4426.

Assessoria de imprensa do 40º Salão Internacional de Humor de Piracicaba Press office of the 40th International Humor Exhibition of Piracicaba

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Entrevista de Worney Souza no HQ Além dos Balões

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COMO FOI A REUNIÃO DA AQC

Presentes: Francisco Marcatti, Marcos Venceslau, Edson Pelicer, Natalia Forcat, William M Ribeiro, Fernando dos Santos, Bira Dantas, Marcelo e Cacá Bicarato (donos da livraria Monkix), Aparecido Fernandes Norberto, Daniela Cantuária P. Utescher (do Festival Ugra de Quadrinhos e autora das fotos) e

Foram debatidos dois assuntos (reportados pelo Marcatti):

1. A participação em grupo no FIQ-BH.Alguns nomes foram confirmados enquanto outros ficaram de confirmar até o final da semana. As inscrições para os estandes já estão abertas e deveríamos acelerar essas confirmações. Um ponto a ser verificado é com relação ao transporte de publicações dos autores. Uma vez fechada a lista de componentes no grupo, será feito o levantamento de custos para o envio coletivo de materiais através de transportadora. Deverá também ser montada uma estratégia para isso. Por exemplo, um dos participantes já estar em BH para receber o material ou a entrega ser destinada à organização do FIQ. Nota do Marcatti: Proponho delegarmos a um dos membros do grupo a função de capitanear o processo. Alguém que já tenha experiência em participar nos anteriores. De minha parte, sugiro o Marcos Venceslau.

2. A organização de um pré projeto para o grande evento de HQ.Ficou definido que eu (Marcatti) apresentaria um esboço para servir de base à contribuição coletiva. Este pré-projeto listaria as formas e ações do evento porém destacando como prioridade uma síntese a ser apresentada ao Presidente do Memorial. Já está em fase final e devo enviar este pré-projeto até este sábado. Não houve tempo para a discussão de dois pontos de pauta: A realização do 30º Angelo Agostini Questões estratégicas de fortalecimento da entidade. É fundamental marcarmos uma nova reunião para debatermos os pontos que ficaram e aberto.

51 ANOS DO MARCATTI!

Aproveitamos para comemorar o aniversário deste Mestre do Quadrinho Nacional e membro da AQC desde seus primórdios.

Ele ganhou bolo, a edição inglesa do livro de tiras “Bolland Strips”, um original de caricatura feito por Bira (anos atrás, quando Marcatti ainda tinha um pouco de cabelo) e muitos abraços e parabéns!

(Fotos de Daniela Cantuária)

Marcatti é um exemplo de garra e luta pelo Quadrinho. Brasileiro. Sua produção gigantesca pode ser medida pela quantidade de publicações suas lançadas de forma independente (Editora Pro-C), em bancas (Chiclete com Banana, Tralha, Fráuzio), livrarias (Restolhada, A Relíquia) e pelo seu site. http://www.marcatti.com.br/loja/index.aspAchou muito? Pois saiba que ele está com Projeto no Catarse. Participe, apoie, compartilhe. Você pode ter também um original dele. http://catarse.me/pt/coprolitos

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OS ARQUIVOS INCRÍVEIS (E PUNKS) DE JOÃO ANTONIO

FLYERS DE BANDAS PUNK ROCK DE CAMPINAS

“Da década de 1990 pra cá contracultura em Campinas esteve com as bandas de punk-rock. Aqui mostro alguns flyers que andei recolhendo por aí, na época dos eventos e shows ali declarados. Antes porem verão um artigo de Antonio Bivar, que é um estudioso do movimento Punk, escreveu até o livrinho O QUE É PUNK, da Brasiliense. Verão um artigo dele pra revista Sexy, onde ele conceitua este papelzinho, que é distribuído pra divulgar os eventos de rock. São volantes, folhetos ou filipetas. Os desenhos todos são do musico Daniel Etê, que participa da banda OS MUZZARELAS.” http://www.facebook.com/daniel.giometti http://www.fotolog.com/etedesenhos/

os arquivos incriveis de joão antonio

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NOVA REUNIÃO DA AQC

Está confirmada nossa próxima reunião (assembléia).

Dia 16/6 14 horas Lanchonete do Centro Cultural Vergueiro

Como foco principal, as diretrizes para o evento de publicações independentes no Memorial da América Latina. Como sugestão de pauta adicional, vamos falar do 30º Angelo Agostini e sobre o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Teremos o livro “AQC 100 Vezes” organizado pelo Worney e com a participação de vários membros da AQC. Podemos ver a possibilidade de participar efetivamente no FIQ e quem sabe em outros eventos de quadrinhos, como o FESTCOMIX.

Vamos espalhar esse convite para que mais pessoas possamo contribuir nos debates. Contatos:

Marcatti

Bira Dantas

Fernando dos Santos

Alexandre Silva

Worney

Worney Almeida de Souza

Aparecido

Marcos Venceslau

“william martins R.”

waltervetillo@ig.com.br

wvetillo

Paulo Monteiro

Nat nataliaforcat@yahoo.com.br

goncalo.junior@uol.com.br

ugra.press@gmail.com

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E O PALHAÇO O QUE É?… PERSONAGEM DE GIBI!

por Alexandre Silva

Em 18 de setembro de 1950, era inaugurada a PRF-3 TV Tupi de São Paulo, a nossa primeira emissora de televisão, com shows de vários artistas, como Hebe Camargo e Ivon Cury.
Logo na estreia, um número cômico do grande ator e comediante Mazzaropi, que havia feito muito sucesso no rádio. Esse comediante caipira se apresentou em muitos palcos antes de chegar à TV, entre eles, o circo. De grande popularidade, as companhias circenses consagraram artistas que seguiram o mesmo caminho. Além de Mazzaropi, Oscarito e Grande Otelo, Fuzarca e Torresmo, Arrelia e Pimentinha, Carequinha e Fred, também foram para o rádio e depois para a TV. E para não ficar só na memória, já que nem vídeo tape existia, eles foram parar nos gibis, iniciando uma prática que se tornaria constante nas décadas seguintes!
Então, ABRAM-SE AS CORTINAS, POIS VAI COMEÇAR O ESPETÁCULO!!

COMO VAI, COMO VAI, COMO VAI?

EU VOU BEM, MUITO BEM, BEM, BEM!

ARRELIA E PIMENTINHA


Waldemar Seyssel era o verdadeiro nome do palhaço Arrelia, que após fazer muito sucesso junto a seu irmão, o palhaço Aleluia, chega à televisão em 1951, com o programa “Circo do Arrelia”pela TV Paulista. Trouxe para a telinha um novo parceiro, seu sobrinho Walter Seyssel, chamado de Pimentinha. Estava formada aí, uma das maiores duplas cômicas da história da TV brasileira.
Todo mundo ria com as trapalhadas dessa dupla na TV. Seus bordões faziam sucesso entre a criançada. Em 1953, a dupla de palhaços troca de emissora e estreia na TV Record.

Página da hq Super-palhaço, escrita por Flávio de Souza, com desenhos de Messias de Mello
Capa de Messias de Mello

Não demorou muito para eles chegarem ao gibi. Estrearam nas bancas em 1956, pela Editora La Selva, com os belíssimos traços do desenhista Messias de Mello, este que também havia trabalhado no circo, bem antes, como cartazista, e até ajudara a montar e desmontar a lona. Messias foi um dos maiores desenhistas de sua época, lançou e influenciou muitos artistas, sendo reverenciado até hoje.
A revista durou até 1959. O programa de televisão foi bem mais duradouro chegando até 1974!


O Anão Teodorico, roteiro de Flávio de Souza, desenhos de Messias de Mello
*
 

ASSIM EU NÃO AGUENTO! – Torresmo

AGUEEEEENTAAAAA!!! – gritavam as crianças

FUZARCA E TORRESMO


Capa de Jayme Cortez
Nascido dentro do circo de seus pais, José Carlos Queirolo (Torresmo), fez carreira por todo o Brasil, junto ao seu parceiro cômico Albano Pereira (Fuzarca). A  dupla Fuzarca e Torresmo estreou na TV no dia 12 de outubro de 1950, como um presente da TV Tupi Difusora, para o Dia das Crianças. Dali em diante, passaram a participar de vários programas, fazendo sempre esquetes cômicas de grande sucesso. Tiveram gibi nas bancas de 1955 a 1959. Com a morte de Fuzarca em 1975, Torresmo passou a se apresentar com seu filho Pururuca.
História de Jayme Cortez. Desenhos de João Batista Queiroz, que foi um dos primeiros a
desenhar hqs Disney no Brasil

História de Jerônimo Monteiro

A dupla fez tanto sucesso que gravou vários discos. Esse é um deles.
*

O BOM MENINO, NÃO FAZ XIXI NA CAMA
O BOM MENINO, NÃO FAZ MALCRIAÇÃO…

HOJE TEM MARMELADA???
TEM! TEM! TEM!  
                                                           
CAREQUINHA E FRED


Também dentro de um circo, em 1915, nasceu George Savalla Gomes, o palhaço Carequinha. De longa carreira de sucesso nos palcos e no rádio nas décadas de 1930 e 1940, chegou à televisão em 1951, sendo o primeiro palhaço a ter um programa só seu, o Circo Bombril, chamado algum tempo depois de Circo do Carequinha. Ao lado de outro grande artista, o palhaço Fred, ele alegrava a criançada das décadas de 1950 e 1960.

Roteiro de Cláudio de Souza. Desenhos de João Batista Queiroz

Chegou aos quadrinhos em 1958, em histórias escritas por Cláudio de Souza e desenhadas por Julio Shimamoto e João Batista Queiroz.
Prosseguiu com sua carreira na TV, trabalhando em várias emissoras, sempre com atrações infantis. Comandou o programa “Circo Alegre” na TV Manchete  nos anos 1980, que foi precursor do “Clube da Criança” que lançou a apresentadora Xuxa.
Em 2005, com 90 anos, Carequinha interpretou a si mesmo na série “Hoje é Dia de Maria”.

“Hoje o palhaço é figura secundária. Antigamente, era o querido do circo.
E a criança também mudou um pouco. Ela tinha aquele sorriso simples, comum.
Hoje, ela assiste a coisas indecentes na internet, escuta imoralidades na
televisão e se habitua a falar e a fazer tudo isso, infelizmente”.
­

Carequinha

                                                        

OSCARITO E GRANDE OTELO
Anúncio de lançamento de OSCARITO E GRANDE OTELO em quadrinhos
 
Desde os cinco anos de idade, Oscarito já se apresentava no circo. Nascido em 1906, esse ator, comediante, acrobata e trapezista, também passou pelo teatro de revista, antes de chegar as telas de cinema. Através da Cia Cinematográfica Vera Cruz, estrelou filmes de grande sucesso na década de
1950, como Carnaval Atlântida, Dupla do Barulho e Matar ou Correr, sempre ao lado de seu fiel parceiro, o também ator e comediante Grande Otelo. Este, nascido em 1915, se apresentou no circo e no teatro de revista, antes de chegar ao cinema. Participou do primeiro filme da Atlântida, “Moleque Tião”.

Página da hq O PANDEIRO MÁGICO, história de Flávio de Souza e
belíssimos desenhos de Messias de Mello

Durante a década de 1950, a dupla de comediantes reinou absoluta no cinema e na preferência do público, chamando a atenção da Editora La Selva, que entre 1957 e 1959, publicou um gibi mensal da dupla. Assim chegava às bancas, Oscarito e Grande Otelo em quadrinhos, com roteiros de Claúdio de
Souza, Alberto Maduar, entre outros. Os desenhos ficaram a cargo de Messias de Mello, João Batista Queiroz, Aylton Thomaz e Juarez Odilon.

MAZZAROPI


Amacio Mazzaropi nasceu em 1912 em São Paulo, mas foi criado na cidade de Tremembé, no interior. Começou a carreira contando anedotas e causos em apresentações no Circo La Paz. Em 1946, estreia na Radio Tupi, o programa Rancho Alegre, levado á TV em 1950, com o mesmo nome.
Em 1952, estreia seu primeiro filme, Sai da Frente, produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Nesse mesmo ano, cria sua própria produtora de filmes, e começa a colecionar sucessos. Sucessos que o levaram para as páginas de um gibi, lançado em 1956, também pela La Selva. A equipe da editora, utilizava fotos de Mazzaropi tiradas por Zaé Junior, como base para os desenhos.

Jayme Cortez fez as capas do número 1 ao número13
A partir do número 14, as capas passaram a ser assinadas por Izomar Camargo Guilherme
Essa primeira fase da revista foi até 1958 e saíram 14 numeros. Algum tempo depois, em 1965, a La Selva decide retornar com o título, lançando mais 20 edições, encerrando sua publicação em 1967. Jayme Cortez fazia a maioria das capas e também produzia os cartazes dos filmes de Mazzaropi.
Capa de Jayme Cortez
EDITORA LA SELVA

Fundada em 1950, a Editora La Selva enxergou no sucesso das duplas circenses e nos astros do cinema, uma oportunidade de criar revistas em quadrinhos nacionais. Seu proprietário Vito La Selva, já contava com uma equipe de colaboradores extremamente talentosa que cuidava das revistas da casa, principalmente a TERROR NEGRO, seu primeiro grande sucesso. Dessa equipe faziam parte: Reinaldo de Oliveira, Milton Julio, Claudio de Souza, Alberto Maduar, Flávio de Souza, Messias de Mello, João Batista Queiroz, Miguel Penteado, Aylton Thomaz, Izomar Camargo Guilherme, Gedeone Malagola, Nico Rosso, Sérgio Lima, Syllas Roberg, Jerônimo Monteiro, Julio Shimamoto, Juarez Odilon, Veneziano, José Fioroni Rodrigues e Jayme Cortez, como Diretor Artístico e Capista.
Funcionando em uma casa na V. Mariana, em São Paulo, o ambiente era sempre alegre e festivo, afinal de contas, quem comandava era uma família italiana.
Jayme Cortez e Mazzaropi na sede da Editora La Selva
Aos sábados e domigos eram oferecidos almoços e jantares a todo o elenco da casa, e tudo era motivo pra uma festa ou confraternização. Editando quadrinhos de terror, aventuras, clássicos da literatura e infantis, a La Selva prosseguiu até 1968, quando fechou as portas.


O QUE VEIO DEPOIS

Nas décadas seguintes, o circo e seus alegres palhaços continuaram a aparecer nas histórias em quadrinhos. Em 1972, chegava às bancas de jornais de todo o país, acompanhando de grande campanha, inclusive na TV, a revista SACARROLHA, uma criação de Primaggio Mantovi. Era o resultado de um concurso interno da Rio Gráfica e Editora, cujo ganhador receberia como prémio, a publicação de seu personagem e um contrato de três anos. Primaggio atingiu a marca de 36 edições, sempre retratando o ambiente alegre e festivo do circo, tendo o palhaço Sacarrolha como protagonista.


Na década de 1980, surge pela Editora Abril, o palhaço ALEGRIA, também em revista mensal. 

Criada por uma equipe comandada por Waldyr Igayara de Souza, o palhacinho acabou ficando com o copyright da Editora Abril e foi licenciada para vários produtos. Sua revista teve um total de 57 edições.
A TURMA DO LAMBE LAMBE, de Daniel Azulay, também tinha um pé no circo, através do personagem Tristinho. Derivado do programa de TV de grande sucesso, chegou aos quadrinhos via Editora Abril, também nos anos 1980. Também nessa década vemos surgir o palhaço BOZO (SBT) e a dupla ATCHIM E ESPIRRO.


Ainda surgiram outros que, mesmo não usando a roupa de palhaço, usavam e abusavam das mesmas brincadeiras e truques circenses para agradar às crianças, como SÉRGIO MALLANDRO e CHAVES, mas o maior palhaço televisivo que surgiu após a trupe de cômicos da década de 1950, foi Renato Aragão e o seu quarteto OS TRAPALHÕES. 
Herdeiro das tradições circenses, Renato Aragão declarou em entrevista que, aos quinze anos, chegou a assistir um filme com Oscarito dezoito vezes, e declarou: “Quero ser esse cara!” E partiu para realizar seu sonho.
Começou na TV nos anos 1960, juntou-se ao artista circense Manfried Sant’Anna (Dedé), depois a Mussum e Zacarias. Passaram por diversas emissoras até chegar à TV GLOBO em 1977 e se consagrarem junto ao público e crítica. É claro que virariam gibi, lançado em 1976, por Edmundo Rodrigues e a Bloch Editores. Em meados de 1979, o gibi passa a ser produzido pelo Estúdio Ely Barbosa e torna-se um grande sucesso, sendo lembrado até hoje.



A tradição circense está morrendo. Tudo hoje é muito mais sofisticado e tecnológico. O espetáculo que se fazia sob lonas e encantava adultos e crianças, não é mais o mesmo, embora ainda existam boas e grande companhias circenses. Na TV, eles ainda resistem, com moderado sucesso, vide a dupla Patatí Patatá.
As histórias em quadrinhos perpetuam a tradição e o mundo do circo. Apesar de serem difíceis de se achar, procurando com paciência nos sebos e sites de gibis antigos, ainda se encontra exemplares de clássicos como ARRELIA E PIMENTINHA, FUZARCA E TORRESMO, OSCARITO E GRANDE OTELO, que iniciaram a prática de se adaptar sucessos da TV para as hqs.
Sob o comando de Jayme Cortez, grandes desenhistas emprestaram seu talento para esses gibis e muitos inclusive, começaram sua carreira ali.  Um deles ainda está na ativa, e nos conta na segunda parte dessa matéria, como era produzir esses clássicos das hqs.


Na próxima semana:
PARTE 2
Entrevista com
 IZOMAR CAMARGO GUILHERME 


Bibliografia

www.infantv.com.br
www.maniadegibi.com
www.messiasdemello.com.br
www.museudomazzaropi
www.gibiraro.com.br – Kendi Sakamoto
www.sallesfanzineiro.blogspot.com.br
http://tonyfernandespegasus.blogspot.com.br/2012/01/editora-la-selva-imigrantes-italianos.html
Gonçalo Junior – A GUERRA DOS GIBIS – Cia das Letras
Bigorna.net
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Continua aberto o período de inscrições para o 7º Concurso Cultural da Turma do Gabi – Desenho.

Continua aberto o período de inscrições para o 7º Concurso Cultural da Turma do Gabi –
Desenho, promovido pelo Estúdio EMT em parceria com a Prefeitura por meio da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. O concurso, que neste ano terá como tema “Consciência Negra”, é direcionado a crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos.

São aceitas todas as técnicas de desenho, que devem ser feitos em papel ofício e constar o nome completo do autor escrito na parte superior frontal do trabalho. Juntamente com o desenho deverá ser enviada a ficha de inscrição preenchida com os dados do autor para o seguinte endereço: Casarão Cultural Pau Preto, Rua Pedro Gonçalves, 477, Jardim Pau Preto, Indaiatuba – SP, CEP: 13.330-210. Os desenhos também podem ser entregues diretamente na secretaria do Casarão. O período de inscrições seguirá até o dia 29 de junho.

Os autores dos três melhores trabalhos serão premiados com um ‘tablet’ cada e outros três desenhistas receberão uma menção honrosa e kits com revistas da Turma do Gabi. O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.turmadogabi.com.br. A equipe do Estúdio Moacir Torres selecionará os trabalhos para exposição no Casarão Cultural Pau Preto, prevista para julho. Mais informações pelos telefones: (19) 3875-8383 ou 3834-6319. Texto: Darlene Ribeiro (Assessoria de Imprensa – PMI)
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ZINE “O SÓTÃO” PARA BAIXAR, IMPRIMIR E DISTRIBUIR

Neste primeiro número, temos a participação do Worney Almeida (WAZ) como criador e editor, Bira Dantas, Rice Araújo, Wagner Rocha, Bia Kassar, Novaes, J. Nogueira e Gazy Andraus. Participe também, mande sua arte deitada em formato retangular, na proporção: 14,5 (base) x 10,5 cm (altura). Vale cartum, charge, quadrinhos, tiras, ilustração, caricatura, texto, grafismo e grafite. O autor receberá 20 exemplares. E a edição será reproduzida no blog da AQC. O autor será identificado pelo nome completo e pelo endereço eletrônico ou endereço de blog ou página na internet.

O autor será incluído na página “Associados” da associação com um link para sua página de portfólio eletrônica.

Como foi anunciado, o Fanzine da AQC tem formato A4, frente e verso, tiragem de 300 exemplares, com periodicidade mensal. A distribuição é gratuita e qualquer um pode fazer cópias, fazer as 2 dobras e distribuir entre os amigos. Ou, se você não tiver um impresso, é só baixar os arquivos acima (com 300 dpi) e imprimir na sua casa. Faça parte desse movimento.