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LANCAMENTOS QUADRINHOS, FIQ, ARQUIVOS INCRIVEIS, ZE CARLOS NEVES

HOJE ARVRES

http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=179524
Lançamento hoje (07/11).
Bar Genial,R. Girassol, 374
V. Madalena – São Paulo
A partir das 19h30

Vendas pelo email:
fantasmaeditora@uol.com.br
R$25 +R$5 de postagem
Árvores não é um livro sobre árvores, como o nome pode sugerir. Orlando Pedroso as coloca como observadoras da vida que acontece ao seu redor. São 62 desenhos em preto e branco, da centena produzida ao longo de um ano e meio pelo artista gráfico e ilustrador, que estão postados em seu fotolog
http://www.fotolog.com.br/orlandopedroso
Essas ilustrações trazem o testemunho de gigantescos seres de madeira e folhas de uma forma lúdica, poética e às vezes cruel.
Não se trata, tampouco, de um livro ecológico. É um livro sobre gente, sobre sonhos e poesia.
Orlando dedica seu segundo livro independente de desenhos à centenária e extinta paineira da esquina da Corifeu com a Vital Brasil, no Butantã, em São Paulo que foi testemunha e vítima do progresso da cidade.
Produção independente da Fantasma Editora | Formato: 21×28 cm | Capa com quatro cores| Miolo: 72 páginas PxB em papel Chamoix|Prefácio de Efraim Rodrigues

Orlando Pedroso, nasceu em São Paulo em 1959. Em 1978, publica pela primeira vez, no jornal “Em Tempo”.
Ilustrador e artista gráfico, trabalhou com praticamente todas as publicações da grande imprensa e colabora com o jornal Folha de S. Paulo desde 1985.
Em 97 expôs uma série de 17 desenhos de diabos em situações cotidianas em “Como o Diabo Gosta” e em 2001, “Olha o Passarinho!”, desenhos de humor sobre fotógrafos e fotografia.
Em 2002, organiza o livro “Dez na área, um na banheira e ninguém no gol”, lançado pela Editora Via Lettera.
Em 2006 lança o livro independente Moças Finas com 84 desenhos inéditos tendo como tema a relação entre penteados e pelos pubianos.
Em 2007, traz 28 desenhos inéditos para a Galeria Calligraphia em São Paulo na exposição “Uns Desenhos” e 37 na “Ôtros Desenhos” como mostra paralela do Salão de Humor de Piracicaba.
Ainda em 2007, foi o artista homenageado no FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.
Em 2008, faz uma exposição retrospectiva de 30 anos de trabalho como artista convidado do 35º Salão de Humor de Piracicaba.
Já ilustrou mais de 60 livros infanto-juvenis e é co-autor de “Não quero dormir”, finalista do prêmio Jabuti de 2007 nas categories “ilustração” e “melhor livro”.
Prêmios HQmix de melhor ilustrador de 2001, 2005 e 2006.
Presidente do 16º e 17º hqmix em 2003 e 2004.
Faz parte do conselho da SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil – onde é coordenador de eventos.

QUARTA, ABERTURA DO FIQ
http://soubh.com.br/plus/modulos/agenda/ver.php?id=11746&categoria=1

De 9 a 13 de novembro, a Serraria Souza Pinto será palco da sétima edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ). Este ano, serão homenageados Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica e a Coreia do Sul, país cuja produção de quadrinhos, os manhwás, tem aumentado muito nos últimos anos.
Serão oferecidas mesas redondas, bate-papos, exposições e 44 oficinas, tanto para quadrinistas iniciantes quanto para os mais experientes. Além disso, o FIQ trará a Belo Horizonte 69 artistas convidados, sendo mais de dez países como Estados Unidos, Coreia do Sul, França, Argentina e Espanha. Nomes como Fábio Moon, Gabriel Bá, Jill Thompson, Mauricio de Sousa, Horacio Altuna e Lélis estarão reunidos, interagindo com o público.
A abertura oficial do FIQ acontece no dia 09 de novembro, às 16 horas, com a presença de Mauricio de Sousa. Após a abertura, Mauricio conversará com o público em uma edição especial do projeto Conversa em Quadrinhos. No dia 10, pela manhã, o autor fará uma sessão de autógrafos para os presentes.

Sabado, 20h00 na Arena
http://fiqbh.com.br/?page_id=47
Os quadrinistas sul coreanos Hyung Min Woo (Priest) e Park Sang-sun (Tarot Cafe) participarão do Painel Coreia do Sul com mediação de Bira Dantas, na Serraria Souza Pinto, onde falarão sobre os tradicionais quadrinhos de seu país.
A homenagem à Coreia do Sul irá extrapolar o mundo dos quadrinhos. Nos restaurantes populares de Belo Horizonte serão servidos, de 10 a 13 de novembro, pratos inspirados na culinária do país, preparados por chefes especializados na cozinha asiática.
A programação cultural do FIQ será dividida em três ambientes. A Arena Carlos Trillo será um espaço de troca de experiências, onde os convidados participarão de painéis e entrevistas. Autores nacionais e internacionais irão lançar títulos inéditos e fazer sessões de autógrafo na Praça Sergio Bonelli e nos Estandes. Serão mais de sessenta lançamentos e diversas sessões de autógrafo, com artistas renomados como Bill Sienkiewicz, Mauricio de Sousa e os gêmeos Fabio Moon e Gabriel Bá.
Realizado a cada dois anos, desde 1999, o FIQ consolida-se como o maior evento do gênero na América Latina, acompanhando o boom dos quadrinhos em todo mundo. A programação completa está disponível no site oficial do Festival Internacional de Quadrinhos
http://fiqbh.com.br
Data: 09 a 13 de novembro
Horário: 10 horas
Local: Serraria Souza Pinto
End.: Avenida Assis Chateubriand, 809. Centro
Entrada: Franca
Informações: http://fiqbh.com.br

LANCAMENTOS NO FIQ

ANTOLOGIA RABISCOS
10 de novembro, quinta-feira, das 16 às 18 horas
12 de novembro, sábado, das 14 às 16 horas.
Estande Quadro a Quadro / Turma do Xaxado.
7º Festival Internacional de Quadrinho – FIQ
Serraria Souza Pinto
(Marcelo Lima)
http://roteirizandohq.wordpress.com
“Depois de uma bem sucedida turnê de lançamentos por diversas cidades baianas, a Antologia Rabiscos chegará ao público que frequentar o 7º Festival Internacional de Quadrinhos em Belo Horizonte. As sessões de autógrafos da Antologia Rabiscos acontecerão no Estande Quadro a Quadro / Xaxado nos dias 10 de novembro, quinta-feira, das 16 às 18 horas, e 12 de novembro, sábado, das 14 às 16 horas, juntamente com as sessões de autógrafo da HQ Lucas da Vila de Sant”Anna da Feira – haverá uma promoção especial para compra de ambas edições.
A edição apresenta seleção de trabalhos de sete jovens artistas baianos que transitam entre diversas linguagens gráficas, tendo como expressão principal o desenho. Foram escolhidos quatro artistas provenientes do interior da Bahia – Marcio Junqueira, Don Guto, Carol Belmondo e Zé de Rocha – e três desenhistas soteropolitanos – Daiane Oliveira, Bruno Marcello (que também estará no FIQ, expondo seus trabalhos) e Davi Caramelo. As artes presentes na coletânea estão dividas em duas seções: uma que apresenta trabalhos coloridos e outra que reúne obras em preto-e-branco e tons de cinza, resultando em mais de quarenta desenhos reunidos nas cem páginas do livro. Uma prévia do livro pode ser vista em: http://issuu.com/roteirizandohq/docs/rabiscos_cor
Colaborou com a capa da Antologia Rabiscos o veterano artista argentino Jorge Abel Galeano, que também ilustrou as páginas que abrem e fecham a seção de trabalhos coloridos. O crítico de arte e pesquisador Leandro Furtado assina o texto de posfácio. Juntamente ao lançamento do livro, foram oferecidas oficinas de formação de novos desenhistas.
A Antologia Rabiscos é um projeto editorial ligado à Coleção Rabiscos, editada pelo Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira – Feira de Santana. Nascida em 2010, a Coleção Rabiscos publica pocket booksde desenho. Esta antologia aposta num formato maior e com melhor acabamento que procura ampliar o alcance e divulgação das artes visuais baianas.
O projeto da Antologia Rabiscos é apoiado e financiado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), possui apoio do MAC e da Balão de 2 – Narrativas e Arte Sequencial.”

UMA PATADA COM CARINHO

12 Novembro
11:00 – 13:00
Praça Sérgio Bonelli
FIQ-BH
Belo Horizonte
Editora Barba Negra
Pois é, o esperado UMA PATADA COM CARINHO: HISTÓRIAS PESADAS DA ELEFOA COR-DE-ROSA será lançado nesse Festival de Quadrinhos de Belo Horizonte!
Chiquinha, nossa musa, é uma das convidadas do FIQ 2011, e vai levar a Foa e a Gis para a farra.
http://www.youtube.com/watch?v=XoHClC4oMkk
Como chegar ao FIQ: http://fiqbh.com.br/?page_id=12

PIRATAS 2 (NO FIQ E EM SAMPA)

Marcos Venceslau convida a todos para lançamento da sua Revista em Quadrinhos “Piratas” (#1 e #2).
12/11/2011 no FIQ em Belo Horizonte no Estande do Quarto Mundo e
26/11/2011 na livraria HQMIX em São Paulo – Praça Franklin Rossevelt, 142 – Centro

PROCURANDO SÃO PAULO & QUASE NADA


(Joao Buhrer)
“Há tempos que vinha ouvindo falar da dupla de quadrinhistas FÁBIO MOON e GABRIEL BÁ, mas ia deixando passar. Sabia que estavam editando uma revista-livro chamada 10PÃEZINHOS, mas ia deixando rolar. Até que guanharam premios internacionais, e aí não tinha mais como deixar de prestar atenção nos trabalhos deles. Coincidiu também que passaram a publicar na imprensa mais assiduamente, na Folha Ilustrada aos domingos, e na revista ÉPOCA SP , mensalmente. É um troço refinado, que flerta com a literatura, parecem contos ilustrados. Há muito que isto tipo de quadrinho deixara de ser publicado, desde o Luis Gê, mas isto faz tempo. Unir poesia, literatura enfim, com quadrinhos é um projeto que estava esquecido em nossos ARTISTAS do lápis. Ou eles vão pro terror ou então pro humor desbragado. A tira QUASE NADA é publicada na F S Paulo aos domingos, e a série PROCURANDO SÃO PAULO , na ÉPOCA SP.”
OS ARQUIvos incrivéis joão antonio procurou procurou e achou os IRMÃOS desenhistas BÁ! MOON

SERGIO MACEDO EM BLYTZ 66

SERGIO MACêDO é hoje reconhecido no mundo inteiro, seu trabalho nas histórias em quadrinhos corre o mundo em álbuns luxuosos.Antes de sair do Brasil, ele era mais mais um desenhista underground, quando publicou um álbum de quadrinhos no estilo underground, tão em voga na época. Quadrinhos abordando a psicologia acima de tudo. O álbum saiu pela Massao Onno, em 1973 , e chamou-se O KARMA DE GAARGOT, numa tiragem limitadissima, e custava Cr$ 20,00. Ele virou um mito do underground brasileiro, uma raridade bibliógráfica. O que me intrigou é que a Massao Onno era e sempre foi uma editora de poesia, vez por outra se dedicava ao desenho de humor. Acho que Massao considerou o desenho do Sergio poético. Esta hq de duas páginas, chamada BLYTZ 66, que ora lhes apresento, no entanto,saiu num jornal underground chamado SOMA, na edição numero 2, em 1973. Sergio era programador visual deste tablóide, impresso em litografia elétrica. Segundo informa o expediente a máquina era do final do sécul XIX.Entre os colaboradores desta publicação estão Hilda Hilst, Alex Vallauri e Álvaro Apocalipse.”
OS ARquivOS INcríveis DE joão ANTONIO

ENTREVISTA COM JOSE CARLOS NEVES
http://fanzinotecamutacao.blogspot.com/search?q=Entrevista+com+José+Carlos+Neves

Entrevistador Law Tissot:
“01) Em 1984, foi lançado aqui em Rio Grande o fanzine Mutação, editado por Marco Muller, Rodnério Rodrigues e eu. O Mutação é considerado o primeiro fanzine da metade sul do RS, e naquela edição apresentou uma ilustração desenhada por você. Logo, podemos afirmar que fazes parte da cultura independente de nossa região. O que pensas disso?
José Carlos Neves: Bem, preferia admitir que faço parte da cultura independente nacional, tendo em vista que há mais de três 3 décadas, tenho me dedicado aos quadrinhos, produção de fanzines, entre outras atividades e estudos.
oo
02) Os lendários primeiros números do fanzine Hiperespaço eram repletos de informações sobre o universo de Star Wars. Nós ficávamos assombrados com a quantidade e qualidade de informações que você e o César Ricardo tinham acesso. Como isso era possível em pleno início dos anos 1980, tão longe da internet e dependendo exclusivamente dos correios?
JCN: Pois é, amigo, acho que nem nós mesmos sabemos responder…Posso dizer que sempre foi com muito sacrifício, movidos unicamente pelo amor a causa e o idealismo. Gosto de ressaltar sempre também que, naquelas “priscas” eras pré-histórias, tudo se dava pelo correio mesmo. Cheguei ate a batizar a minha saudosa “caixa Postal 477” da agência central da ECT de minha cidade natal, Montes Claros, no Norte de MG, de “Caixa de Pandora”. Cada envelope recebido, cada pacote (principalmente!) era uma verdadeira surpresa e grande contentamento. No entanto (era o que eu ia ressaltar) obtíamos então muito mais respaldo dos “gringos” do que dos “nativos”. Eu remetia cartas e mais cartas aos estúdios hollywoodianos, editoras, produtores, técnicos de efeitos especiais, até a nossa “toda-poderosa-venus-platinada” e somente obtinha resposta dos estrangeiros. Pra você ter uma idéia, quando estava construindo uma maquete de uma de minhas naves preferidas da saga Guerra nas Estrelas, ao precisar de dados mais precisos sobre o modelo original (dimensões, cor, quantidade exata de turbinas, etç) enviei uma carta direto a Lorne Peterson, o “chief-modelmaker” da ILM (“Industrial Light & Magic”, a empresa de efeitos especiais de George Lucas) solicitando informações. Qual não foi meu espanto e indescritível prazer quando me deparei um dia na minha 477 com um grande envelope-bolha timbrado da ILM, com uma carta singela (também em papel timbrado) escrita pelo próprio Lorne, com fotos originais (em polaroid – ou seja, o cara simplesmente as tirou para me enviar), uma “mini planta” da nave desenhada por ele de próprio punho e atéuma pequena mancha de tinta (a aerógrafo) da cor original da nave!…. Precisa contar mais?
o
03) O site Alan Moore Senhor do Caos é um maravilhoso labirinto de informação e cultura contemporânea. Fale-nos um pouco mais sobre o seu trabalho nele…
JCN: Bem, o site Alan Moore Senhor do Caos nasceu de minha necessidade de saber mais sobre o genial roteirista e escritor inglês. Com certeza, o maior que o mundo já conheceu (em Quadrinhos). Devido a imensa dificuldade de encontrar material documental sobre ele e, principalmente, é claro!, sobre suas produções, seus métodos de escrever, suas obras seminais como Watchmen, Do Inferno e Big Numbers, em Português, como sempre faço na vida, botei a mão na massa e criei o site. Tem sido incrível a recepção do mesmo. E novamente cito a maior colaboração dos estrangeiros mas, no caso, até por obvias razões e, objetivando reverter esta tendência, deixei o site transformar-se num depositário bem vasto da cultura pop em geral, abarcando outras de suas formas de expressão artístico-cultural (cinema, literatura, tv, games, teatro, artes plásticas em geral – desenho animado, esculturas, design gráfico, ilustração, pintura, computação gráfica). Inclusive, beirando também a culturas mais erudito-acadêmicas, como Filosofia, Matemática (Teoria do caos, Geometria fractal…), Física Quântica (universos paralelos, teoria das super-cordas, Relatividade, espaço-tempo-continuum…), Critica Literária e Cinematográfica… Outro objetivo também é termos ali um verdadeiro repositório da memória do nosso Quadrinho. Assim é que tenho procurado também entrevistar nossos veteranos – como o Luis Saidenberg, os gaúchos Oscar “Historieta” Christiano Kern, “reverendo” Jorge Barwinkel e Edgar Vasques…- e incluir Artigos sobre outros, como Jayme Cortez, Messias de Melo, as gerações da “turma da Grafipar”, da Vecchi (Spektro), Edrel (os japoneses, Claudio Seto, Fernando Ikoma…).
o
04) O que há de melhor hoje no mundo do entretenimento (games, comics, cinema, música, etc) na sua opinião?
JCN: Adoro cinema, ainda mais contemporaneamente com a maravilha do DVD, que trás os “making of”, entrevistas com diretores, etc. Curto música (clássica e rock progressivo principalmente. Jean Michel Jarre, Kraftwerk, ELO, Tomita, Vangelis, os também pré-históricos Rick Wakeman e Supertramp…), mas continuo apaixonado pelos Quadrinhos. Até o Pentágono, em dispendiosa pesquisa, comprovou a eficiência desta forma de narrativa em transmitir informações e conhecimentos, justamente por valer-se de ambos os hemisférios cerebrais dos leitores. Um voltado mais para a imagem, o visual…O outro, para a abstração, a palavra escrita. Nada como os Quadrinhos para promover a fusão dos dois, quase que numa sinérgica “estereoscopia cerebral”. Que o diga os próprios “manuais de guerra”, do uso e manutenção de armamentos, do exército americano.
o
05) A ficção-científica é um gênero que, obviamente, faz parte da tua vida. Como foi sua iniciação neste mundo, e o que você mantém colecionando e admirando?
JCN: Comecei na FC porque sempre li de tudo, desde a mais remota infância. Meu pai sempre brincava comigo que eu lia “até bula de remédio” – na verdade uma herança genética. Lia os livrinhos de bolso da Editora Monterrey (era apaixonado pela espia da CIA Brigite Montfort, a morena de olhos azuis estonteantes, minha musa adolescente – até “de banheiro”. Mal sabia então, que era tudo escrito por um prolífico autor brasileiro, Elias do Soveral, que assinava como Lou Corrigan; mas pelo menos tinha conhecimento – e as admirava muito – que as maravilhosas capas e até mesmo a concepção daquela fêmea inigualável, era do também brasileiro Benicio. Aliás, estes são dois caras que preciso muito entrevistar!…); deles, por influência e sugestão do grande amigo, Eustaquio Davi Alves, de Montes Claros_MG, passei a ler os de FC e, como se diz, já me “iniciei por cima da carne seca”: com a coleção portuguesa Argonauta (Editora Livros do Brasil, de Lisboa), que trazia traduções das maravilhosas sagas cósmicas das “golden” e “silver ages” – A.E. Van Vogt, Isaac Asimov, Ursula K. LeGuin, John Brunner, Paul Anderson, Stefan Wull, Cyril Kornbluth, Arthur Clarke, entre muitos outros, alem do que eu era fã absoluto: Clifford D. (de Donald) Sidmak. Daí, para tentar adaptar aquelas leituras ao meu desenho e aos meus Quadrinhos, foi um pulo. Publiquei minha primeira HQ de FC, intitulada “Bem Vindo à Terra!”, no renomado fanzine gaúcho Historieta; a partir dela, o César Ricardo (Cerito), me contatou; nascia uma profícua amizade e o nosso próprio zine, o Hiperespaço, hoje com mais de 20 anos… Deixando de lado a nostalgia, hoje continuo lendo principalmente os – igualmente já ultrapassados- “cyberpunks”, Bruce Sterling, Dr. Rudy Rucker (também entrevistados por mim em meu mencionado site), Mark Laidlaw, Greg Egan, David Zindell, Neal Stephenson, Ian Banks, passando ainda para o terror-porno de Poppy Z.brite, Chrysta Fist, Katherine Koja, alguma coisa dos brasileiros Jorge Calife, Max Mallmann, Carlos Orsi Martinho, Bráulio Tavares e o veterano André Carneiro (a maioria, também em meu site!)… Mas sou bastante eclético, e continuo “lendo até bula de remédio” – Iain Banks, Iain Sinlair, Thomas Pynchon, Trevanian, John Le Carre…-. Só queria realmente era ter mais tempo para ler tudo o que pretendo e também continuar a escrever, desenhar, esculpir, fazer quadrinhos, webdesign, etc…
o
06) Você conheceu David LLoyd (V de Vingança) pessoalmente, como foi isso? E Alan Moore, quando chegará o dia do encontro?
JCN: Sim, já havia entrevistado o Lloyd logo no inicio do meu site, por e-mail. E o artista havia se revelado então verdadeiro “sangue-bom”; o que só veio a se confirmar quando finalmente nos encontramos no último “Festival Internacional de Quadrinhos-FIQ”, realizado aqui em Belo Horizonte, em setembro de 2003. Ele veio como um dos convidados estrangeiros. Ficamos mais amigos ainda, depois de umas 10 caipirinhas mais ou menos… Agora, Alan Moore, acho que seria só em sonho, pois o cara está cada vez mais recluso, não sai mais de sua cidadezinha Northamptom, nos cafundós da Inglaterra, nem pra ir a Londres. E acho que ele tem este direito, pois é avesso a publicidade, a fan-boys de toda espécie e, sobretudo, precisa ser deixado em paz, para acionar o seu krakatoa criativo. E, na verdade, eu não cultuo a pessoa, mas a obra. Só gostaria de me encontrar com ele se fosse para, liberados por um porre homérico, falarmos sobre Fractais, o Caos, a Magia, sua inacabada magnum-opus Big Numbers e, principalmente, saber como ele concebe o tempo, as dimensões, a origem e destino do Universo…Ou seja, seria como sentar numa mesa com Deus.
o
07) Muitos filósofos contemporâneos discutem o que Matrix teoriza: que nós vivemos numa falsa realidade. Mas parece que nunca foi surpreendente para nós que amamos a ficção-científica…
JCN: Bem, eu já li Baudrillard, em seu “Simulacro e Simulações”, alem de muita coisa de Paul Virilo, o próprio Gibson e outros pais da cybercultura e da realidade virtual. Mas ainda fico com Alan Moore e com a sua teoria do “ideaspace”, aquele mundo em que , indubitavelmente, existem deuses, demônios, magia: a nossa mente. Neste mundo é que tudo realmente acontece. Neste mundo, não temos imitações espaço-temporais, éticas, morais… Mas isto é papo para um outro momento!”
DVDs e VHS raros para trocas
http://memoriatvcinema.net46.net
ALAN MOORE SENHOR DO CAOS-quadrinhos-cinema-literatura,cultura-pop
http://www.alanmoore.com.br

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