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Revista PICLES Troféu Angelo Agostini

WORNEY ENTREVISTADO PELA “CAROS AMIGOS”

http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/noticias/2368-revista-independente-satiriza-dilma-roussef-em-sua-primeira-edicao

Revista independente satiriza Dilma Roussef em sua primeira edição
(Da Redação)
“Depois de várias tentativas, chega às bancas o número 1 da revista “Picles – Humor Ardido”, produzida pela Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP). A revista temática reúne trabalhos de 24 autores, que se dedicaram às façanhas e embaraços da política tendo como tema da edição a presidente Dilma Roussef.
Produzida de maneira independente, a revista é editada e bancada pelos próprios autores, carentes de espaço no mercado. O que deveria ser a edição número 1 da “Picles” acabou publicada apenas virtualmente – está disponível no site da AQC.
Confira abaixo uma entrevista com o produtor da Picles, Worney Almeida de Souza, o Waz.


A falta de espaços para publicação ainda é a principal dificuldade dos autores brasileiros?

– Sim, principalmente nas grandes editoras, mas nos últimos dez anos abriram muitas lojas e bancas de jornal que se especializaram em quadrinhos e assim é possível distribuir as publicações nacionais nesses pontos em todo o Brasil. Os autores tem optado pela auto-edição. Com preços mais convidativos e locais para venda, os autores produzem, editam e bancam a impressão de tiragens limitadas (entre 300 e 1000 exemplares) para apresentar seu material. O sistema tem dado certo e divulgado dezenas de roteiristas e desenhistas de grande qualidade em todo o Brasil.


Poder publicar na internet, em sites ou blogs pessoais, ajuda a divulgar o trabalho, a exibi-lo. Mas os artistas conseguem vender também?

– Realmente a internet tem ajudado os autores a ficarem conhecidos e apresentarem sua arte para possíveis interessados, mas a ferramenta é mais utilizada para vender suas publicações, remetidas pelo correio. Objetivamente muito poucos autores vivem exclusivamente de quadrinhos. Muitos trabalham em outras atividades ou em profissões correlatas (design, diagramação, ilustração, redação e outras).

Quais as principais dificuldades dos profissionais?

– Para os que já estão são profissionais ou semi profissionalizados as dificuldades principais são o reduzido mercado de trabalho nas grandes e médias editoras. Muitas vezes surgem oportunidades de produção de álbuns ou revistas esporádicas, mas o problema é a falta de periodicidade de trabalhos. Já para os amadores ou em inicio de carreira as dificuldades giram em torno de falta de capital de giro para imprimir suas próprias revistas e a concorrência com os profissionais. Os livros didáticos ou as adaptações para quadrinhos de livros clássicos ou literários tem sido uma forma de produção em expansão.

A edição 1 da “Picles” elegeu Dilma Roussef como tema dos trabalhos. Por quê?

– Procuramos um tema que motivasse boas piadas e que fosse desafiador para os autores. E o resultado foi muito bom, tanto nos roteiros como nos desenhos. Essa edição é a primeira revista de humor satirizando a presidenta. Cumprimos a missão do bom humorista ou cartunista: usar sua arte para fazer humor com figuras de destaque. E Dilma tem sido uma boa inspiração.

A política continua um dos melhores pratos para cartunistas e quadrinistas. Haverá um destino melhor para alguns políticos do que virarem piada?

– Normalmente as figuras políticas, especialmente dos partidos tradicionais, apresentam o inevitável “piada pronta”. E o mais incrível é que eles se repetem e acham que a população não percebe a completa falta de seriedade que eles tratam a vida pública. Assim a sátira é uma arma popular de crítica e de conscientização. E os cartunistas, quadrinhistas e humoristas em geral têm um papel de porta voz da população.”

HQ ALEM DOS BALÕES
Fabio Salles entrevista participantes no lançamento da Revista Picles na Comix.
http://www.youtube.com/watch?v=tY_mv51PnOw

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