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Troféu Angelo Agostini

Debate: A Nova Lei Brasileira dos Quadrinhos…

Parte I


Parte II


COMO FOI A PREMIAÇÃO ANGELO AGOSTINI
Renato Lebeau (Leia artigo completo no Site Impulso HQ)
http://impulsohq.com/noticias/28º-angelo-agostini-como-foi/
“Aconteceu a vigésima oitava edição da cerimônia de entrega do prêmio Angelo Agostini, aos melhores do quadrinho nacional do ano de 2011. Mais uma vez a AQC-ESP (Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo) promoveu um evento que prestigia HQ nacional, além de abrir espaço para todos confraternizarem, o que possibilita você conversar com grandes mestres do quadrinho nacional como Rodolfo Zalla, Primagio, Vetilo e outros nomes que fizeram história.
Pelo segundo ano consecutivo o evento foi realizado no Espaço Cultural Instituto Cervantes, que conseguiu receber de ótima forma todos os que prestigiaram a premiação. No hall havia espaço suficiente para a confraternização e para as bancas que venderam quadrinhos, como a da Comix Book Shop e a do coletivo 4º Mundo, além de abrigar também a HQ Coletiva, organizada por Bira Dantas, onde todos os presentes foram convidados a desenhar um quadro uma HQ, com tema “saudade”, escolhido no início do evento.
Outra grande vantagem do espaço é o auditório onde acontece a entrega dos troféus e como tradição, o debate que antecede a cerimônia. Por sua vez, o tema do debate deste ano não poderia ter sido mais apropriado: “A Nova Lei Brasileira dos Quadrinhos na Opinião dos Profissionais”, discutiu a lei que está causando polêmica entre os quadrinhistas. A atividade contou com as presenças de Jal (presidente da ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil), Márcio Baraldi (cartunista), Spacca (cartunista) e o editor Guilherme Kroll (Balão Editorial) e mediação do jornalista Jota Silvestre. A cobertura do excelente debate você confere nos videos publicados pelo Impulso HQ.

Antes do debate, foi lembrado que há 25 anos o Brasil perdeu um grande mestre dos quadrinhos, Jayme Cortez, e os presentes puderam conferir 15 minutos do documentário “Ao Mestre com Carinho”, que foi lançado no dia da premiação. O registro cinematográfico é uma homenagem de Márcio Baraldi, que assina o roteiro, produção e criação, para o grande mestre Rodolfo Zalla.

Depois do debate deu-se início a premiação de fato. Quem está acostumado a ir ao Angelo Agostini e não vai as reuniões da AQC, nesta edição teve uma surpresa: quem conduziu a cerimônia não foi Worney de Souza, e sim Franco de Rosa. Deu pra notar que Franco estava à vontade em sua nova função, mas em alguns momentos ele se perdia no roteiro do que ele devia fazer, mas convenhamos também que assumir o lugar de Worney, que durante 23 anos assumiu essa função, não é tarefa fácil.
O Impulso HQ conversou com Worney de Souza sobre a sua ausência como mestre de cerimônia desse ano, e como fica a premiação:

“Desde a última edição eu já havia comunicado que não iria participar mais nessa função. O prêmio nunca foi do Worney e sim da AQC. O Angelo Agostini vai continuar como sempre. Quem organiza são os cartunistas que participam das reuniões da AQC, que são abertas a quem quiser participar. Eu agora ficarei centrado na revista Picles, que foi muito bem aceita, e inclusive fiquei sabendo recentemente que a presidenta Dilma recebeu um exemplar, o que me deixa muito feliz. Fora isso tem outro projeto de edição que irei coordenar.” (…)

Acredito que uma das grandes emoções da premiação Angelo Agostini não é em si o troféu, e sim a oportunidade do encontro. Fora os grandes mestres que já citei, também é uma grande oportunidade para se encontrar grandes autores como Laudo, Spacca, Bira, Marcatti, André Diniz, Will, Vasqs, Rocco, entre outros. Percebe-se que é um encontro de alegria e descontração, por isso não é difícil de se encontrar a mãe dos quadrinhistas, ou a família toda, como foi o caso de Moacir Torres, que em todo o momento o seu sorriso estampava a sua felicidade.

O Angelo Agostini também é um momento de você apreciar as histórias de quem trabalha nesse difícil mercado. Onde mais você poderia presenciar um relato de Marcatti dizendo sobre a produção da HQ Ratos de Porão, que teve a ajuda de Bira, ou como foi a sua parceria com Lourenço Mutarelli, que o procurou para que ele imprimisse em sua velha máquina o uma HQ chamada Overdose, que todos os editores recusaram, inclusive Toninho Mendes.

São por essas e outras histórias que o Prêmio Angelo Agostini é uma cerimônia que prestigia a memória da HQ nacional, e por isso terá sempre lugar garantido no calendário de eventos sobre histórias em quadrinhos. E concluo essa cobertura com as palavras finais de Franco de Rosa: “até o ano que vem para mais um Angelo Agostini.”

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