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TONINHO MENDES – O POETA DOS QUADRINHOS

(Por JAL)

“Toninho Mendes foi editor das revistas de quadrinhos brasileiras que fizeram história: Glauco, Angelí e Laerte com suas revistas ganharam nos anos 80 um público enorme de jovens e que marcou toda a geração pós-Pasquim. Faleceu nesse janeiro de 2017 e nesse 30 de abril de 2017 completaria 63 anos. Então, nós, cartunistas e amigos dessa figura que também era poeta, estamos aqui para reverenciá-lo com nossos traços.”

Esta exposição foi montada no site HQ Mix:

http://hqmix.com.br/exposicao/toninho-mendes

TONINHO MENDES E A HQB, POR GAZY ANDRAUS

“Conheci Toninho Mendes numa de nossas entrevistas pretéritas do antigo NPHQ – Núcleo de Pesquisa de Histórias em Quadrinhos da USP (atual Observatório de HQ). Na época, salvo engano, estávamos eu, Waldomiro Vergueiro e Roberto Elísio (e talvez Nobu – minha memória me falha), e fomos a um escritório/casa (ou quase uma editora do Toninho), quando não mais estava publicando clássicas revistas como Circo, mas continuava com alguns projetos.

Fiquei entusiasmado com os conhecimentos e grandiloqüência do editor e saímos de lá com muito conteúdo histórico que enriqueceu mais ainda as HQBs (Histórias em Quadrinhos brasileiras). Anos depois, precisamente em maio de 2014, eu me encontrei novamente com Toninho, numa ocasião pra lá de interessante! Eu havia sido aprovado com um projeto de oficina num edital do SESI para ministrá-la, e havia agendado uma em Itapetininga/SP, quando no período e mesmo SESI daquela cidade paulista, tive o privilégio de assistir uma palestra de Toninho Mendes e o lançamento de seu belo livro “Humor Paulistano: a experiência da Circo Editorial 1984-1995” lançado justamente pela Ed. SESI. Foi uma palestra bem ilustrada tal qual seu livro, mostrando os meandros de suas publicações como a excelente revista Circo, bem como expondo artes e autores que por sua editora desfilaram, como Angeli, Laerte, Luis Gê, Glauco, os irmãos gêmeos Caruso e outros. Novamente deixou-me atônito sua performance apaixonada ao narrar os 30 anos de trabalho quadrinhístico com aquela equipe e acabei adquirindo um exemplar autografado de seu livro, que ainda contava com um suplemento interno poético autoral de Mendes que ele chamou de Poemarevista intitulado “A confissão para o Tietê”.

Depois, encontrei-o mais umas duas vezes no HQMix e Troféu Ângelo Agostini, novamente de maneira muito bem-humorada. É assim que vou me lembrar do grande editor e pessoa que foi Toninho Mendes, esfuziante figura que melhorou as publicações nacionais da área de quadrinhos, ajudando-a a se elevar a um patamar da mais sofisticada qualidade!”

Gazy Andraus

Professor designado da UEMG, autor e pesquisador de HQs autorais e fanzines; São Vicente/SP, 30/04/2017

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