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QUADRINHO VIVO DE JÔ FEVEREIRO

ARQUIVOS INCRÍVEIS DO JOAO ANTONIO
– Este novo post contém informações preciosas sobre a Alternativa, com um depoimento super especial de um dos participantes do projeto: Jô Fevereiro. Veja no final .
A  Editora Alternativa publicou coisas bem interessantes. Lembro do livro Parque Industrial, da Pagu, que lançou numa ótima segunda edição, em fac-simile. O curioso é que este importante livro do modernismo tinha ficado fora das livrarias, desde  a primeira edição. Ela também publicou um dos números da revista de literatura de vanguarda, Corpo Extranho, editada por Régis Bonvicino e Paulo Leminsk. Alem de publicar posteres a editora também aventurou-se pelos quadrinhos. Conheço três exemplos:QUADRINHO VIVO, HABRA QUADRABRA e COLEÇÃO ALTERNATIVA DE CARTUNS E QUADRINHOS
Vou abordar aqui a revista QUADRINHO VIVO, que era -no fundo- um gibi no estilo underground.
Publicou-se em maio de 1980. Muito bem editado e publicado num ótimo papel, paradoxalmente bem profissional. Uma revista que poderia ser colocada nas bancas ao lado das melhores revistas das grandes editoras da época.
A equipe que produziu esta preciosidade foi JOSMAR (que depois mudou seu nome para Jô Fevereiro), CLAUDIO ROCHA (que depois iria criar a revista de tipologia e arte Tupigrafia), e Fábio Mestriner. Resta saber se  a mesma equipe que fazia os gibis eram os editores da Alternativa.   
Em seu blog, JÔ FEVEREIRO expõe todo seu talento, e lá pelas tantas ele aborda sua passagem pela revista  QUADRINHO VIVO.   
Anotem o endereço e leiam  o depoimento:
http://jofevereiro.blogspot.com/search?updated-max=2010-05-16T06%3A13%3A00-07%3A00&max-results=7    
“Olá, Joao Buhrer…
Louvo a sua iniciativa de divulgação do nosso trabalho após tantos anos de publicado.
Vou esclarecer as dúvidas que levantou: Eu, o Claudio e o Fabio formávamos um grupo independente da editora, à qual apenas pertencia o Claudio Rocha, que era um dos sócios.
Toda a edição das nossas revistas era feita apenas pelos três, coletivamente. Nessa época o Claudio era recém formado em editoração pela USP, onde foi aluno da Sonia Luyten. Eu era diretor de arte e sócio de uma pequena agência de publicidade e o Fabio fazia tiras para vários jornais do país todo e tinha ministrado um curso de roteirização de quadrinhos na Associação dos Artistas Gráficos, onde fazia parte da diretoria. Nos conhecemos os três nesse curso, tendo eu e o Claudio sido alunos do Fabio. A editora Alternativa assumiu nossas revistas “pro forma”, apenas para evitar problemas fiscais e facilitar a colocação nas bancas. Se precisar de mais alguma informação, disponha!”

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